A sede eleitoral da Aliança Democrática (AD), coalizão de centro-direita que venceu a eleição legislativa de Portugal, foi alvo de vandalismo na noite de domingo 10 em Lisboa, capital do país.
A ação ocorreu ainda antes do término da votação. A CNN de Portugal informou que a fachada do hotel onde está a sede da coligação foi manchada de tinta vermelha por ativistas do clima. A tinta manchou as paredes de vidro e a entrada principal do local.
O portal português Público relatou que testemunhas disseram ter sentido um forte cheiro de enxofre. Investigações das autoridades buscam determinar responsáveis pelo ato, afirmou a Gazeta do Povo.
Depois do ataque, apoiadores da AD reuniram-se do lado de fora do prédio, onde entoaram gritos de apoio à aliança e cantaram o Hino Nacional, segundo o Público.
Pelo resultado das eleições, a AD deverá ficar com 79 cadeiras na Assembleia, depois de obter 29,49% dos votos. A surpresa foi o partido Chega, de extrema direita, que deverá ter 48 vagas no Parlamento. O atual partido governista, o PS, ficou com 28,66% dos votos, o que lhe deverá proporcionar 77 cadeiras.
Queda do PS, partido governista
O PS teve uma queda em relação a 2022, quando ficou com a maioria ao eleger 120 deputados. Pedro Nuno Santos, o secretário-geral e candidato a primeiro-ministro pelo PS, já reconheceu a derrota.
De acordo com o Deutsche Welle, Nuno Santos disse que o seu partido liderará a oposição e não vai trabalhar para viabilizar o governo da AD.
“A direita ou AD que não conte com o PS para governar”, afirmou o líder socialista. “Não somos nós que vamos dar suporte a um governo da AD. Que fique claro que não vai haver divisão no PS.”
Fonte: revistaoeste