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Ucrânia se retira de Bakhmut depois de enfrentar novos ataques russos à cidade, intensificando o conflito na região.

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O Reino Unido afirmou, com base em inteligência coletada por agências ocidentais nesta sexta-feira, 14, que tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de algumas partes de Bakhmut diante de um novo ataque da Rússia à cidade. Kiev afirma que Moscou está retirando forças de outras áreas do fronte para uma grande investida contra a região.

As tropas russas já tentam capturar a cidade há nove meses para dar um novo gás à invasão, iniciada em fevereiro do ano passado. Nas semanas recentes, Moscou reenergizou seus ataques à cidade, enquanto as forças russas e mercenário dos grupo Wagner “melhoraram a cooperação”, disseram os militares britânicos em nota diária.

“As forças ucranianas enfrentam problemas significativos de reabastecimento, mas fizeram retiradas ordenadas das posições que foram forçadas a ceder”, diz o documento.

Bakhmut tinha uma população de cerca de 70 mil pessoas antes da guerra e tem sido o principal alvo da Rússia em uma grande ofensiva de inverno que até agora rendeu poucos ganhos, apesar do combate terrestre de infantaria de uma intensidade nunca vista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

A vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, disse que os comandantes russos redirecionaram tropas de outras áreas do entorno da cidade.

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“O inimigo está usando suas unidades mais profissionais lá e recorrendo a uma quantidade significativa de artilharia e aviação”, escreveu no aplicativo de mensagens Telegram. “Todos os dias, o inimigo realiza em Bakhmut de 40 a 50 operações de assalto e 500 episódios de bombardeio.”

Segundo a atualização britânica da guerra, Kiev ainda controla os distritos ocidentais da cidade, mas suas tropas foram submetidas a um intenso fogo de artilharia russa nas últimas 48 horas. As autoridades do Reino Unido também informaram que unidades de mercenários de Wagner agora tem o objetivo de avançar no centro de Bakhmut, enquanto paraquedistas russos os substituem em ataques nos flancos de Bakhmut.

Segundo análise do Institute for the Study of War, um think tank sediado em Washington, imagens por geolocalização indicam que as forças russas avançaram mais para o oeste de Bakhmut e fizeram “avanços marginais” no sul e sudoeste da cidade.

Depois dos avanços ucranianos no segundo semestre de 2022, as linhas de frente mal se moveram nos últimos cinco meses. Apesar disso, existe um grande esforço por parte da Rússia, que chegou a recrutar milhares de reservistas e condenados nas prisões, que vão ser usados como mercenários.

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Enquanto isso, a Ucrânia continua defendendo suas linhas enquanto esperava a chegada de novas armas ocidentais para a realização de uma contra-ofensiva, esperada para os próximos meses. No final de fevereiro, Kiev estava prestes a abandonar Bakhmut, mas decidiu que valia a pena defender a cidade, em grande parte arruinada, por causa das perdas que estava infligindo às forças russas na região.

“Estamos preparando nossos meninos”, disse Volodymyr Zelenskiy, presidente ucraniano, em um recado em vídeo. “Estamos ansiosos pela entrega das armas prometidas por nossos parceiros. Estamos aproximando a vitória o máximo possível.”

Ambos os lados dizem que estão causando enormes baixas aos inimigos. Documentos de inteligência dos EUA vazados na semana passada afirmam que a Rússia perdeu entre 35, 5 mil a 43 mil soldados, enquanto a Ucrânia perdeu de 15,5 mil a 17,5 mil.

Além disso, possivelmente milhares de civis ucranianos foram mortos desde o início da invasão. Moscou afirma que a guerra é necessária para proteger a Rússia de uma ameaça à segurança. Kiev e o Ocidente rejeitam essa justificativa e afirmam que essa é uma forma da Rússia conquistar um país independente.

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Fonte: Veja

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