A Ucrânia disse nesta segunda-feira, 19, que expulsou as forças russas de uma oitava aldeia em duas semanas de contraofensiva na guerra. O assentamento recém-liberado faz parte de uma linha fortificada do front, perto da rota mais direta para a costa do Mar de Azov, no sul do país.
Um funcionário instalado pela Rússia em Piatykhatky disse no domingo 18 que a Ucrânia assumiu o controle da vila, na região sul de Zaporizhzhia. A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, confirmou nesta segunda-feira que as forças ucranianas não apenas retomaram a área, mas avançaram até 7 quilômetros sobre as linhas russas em duas semanas, capturando 113 quilômetros quadrados.
“Ao longo de duas semanas de operações ofensivas nas direções de Berdiansk e Melitopol, oito assentamentos foram libertados”, disse Maliar no Telegram, referindo-se a duas cidades no litoral ocupado pela Rússia.
Os ganhos ainda são, em sua maioria, incrementais para a Ucrânia, que tem tido dificuldades para romper as linhas que Moscou fortificou por meses, antecipando a contraofensiva. Piatykhatky é significativo, no entanto, pois fica a cerca de 90 quilômetros do mar.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou seu Exército e disse que continuaria as negociações com os aliados ocidentais para fornecer armas e munições para eles o mais rápido possível.
“Nossos soldados estão avançando, posição por posição, passo a passo, estamos avançando”, disse ele na noite de domingo. “O principal é a velocidade do abastecimento.”
Também nesta segunda-feira, o Ministério da Defesa da Rússia disse que suas forças frustraram a tentativa da Ucrânia em tomar a vila de Novodonetske, na região leste de Donetsk, outra área onde a contraofensiva de Kiev está concentrada. Kiev não comentou.
A Ucrânia reconheceu que fez ataques ao longo de várias partes da linha de frente de 1.000 km, em sua contraofensiva há muito esperada, para retomar os 18% de seu território ocupado pela Rússia.
No entanto, Kiev impôs um “blecaute de informações” sobre as batalhas atuais e futuras por razões de segurança. Analistas dizem que a fase principal da contraofensiva ainda não começou.
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Fonte: Veja