A TV estatal russa exibiu um mapa com as cidades da Europa que poderiam sofrer um ataque nuclear em caso de escalada da guerra com a Ucrânia. O aviso ocorreu depois de o presidente dos Estados Unidos, , no início desta semana.
Vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev já havia declarado que o uso de armas ocidentais contra o Kremlin é uma forma de agressão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Em um programa da Companhia Estatal de Televisão e Radiodifusão de Toda a Rússia, transmitido logo depois da decisão de Biden, o apresentador fez um alerta. Ele disse que a ação dos EUA poderia justificar um contra-ataque russo com armas de destruição em massa. O alvo seria Kiev e outras instalações estratégicas da Otan.
Também sugeriu que seria simples prever os principais alvos da Rússia em um conflito nuclear.
Mapa de TV da Rússia destaca alvos europeus
O mapa que a TV exibiu mostrou que mísseis nucleares russos poderiam ser posicionados em Kaliningrado, entre a Polônia e a Lituânia. Capitais, como Berlim, Varsóvia, Paris, Bucareste, Praga, e cidades dos países bálticos Lituânia, Letônia e Estônia foram mencionadas como possíveis alvos.
De acordo com o apresentador russo, as bases militares norte-americanas na Alemanha, incluindo Garmisch, Spangdahlem, Patch Barracks e Ramstein, também poderiam facilmente receber ataques nucleares.
O jornalista ainda se referiu à Grã-Bretanha, que compreende a Inglaterra, a Escócia e o País de Gales, como “inimiga tradicional” da Rússia. Segundo ele, a região poderia sofrer ataques de parte da Frota do Norte, unidade da Marinha Russa responsável pela defesa do nordeste do país.
Conforme o apresentador, o Reino Unido está em seu momento “mais vulnerável”. “Basicamente, tudo o que é preciso são três mísseis, e essa civilização entrará em colapso”, avaliou. Ele mencionou especificamente as bases navais britânicas Clyde e Devonport como pontos frágeis.
O poderio nuclear russo
A Rússia possui maior arsenal nuclear do mundo, com cerca de 6 mil ogivas. O número é superior ao dos Estados Unidos, que têm o segundo maior estoque.
As forças estratégicas de dissuasão nuclear russas incluem: mísseis balísticos intercontinentais, submarinos nucleares e bombardeiros estratégicos. Esse arsenal forma uma tríade para garantir a capacidade de resposta em caso de confronto nuclear.
Fonte: revistaoeste