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Trump prende 7,4 mil imigrantes ilegais em 9 dias, focando nos ‘piores dos piores’ nos EUA

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O Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês) realizou mais de 7,4 mil prisões em nove dias. Operação faz parte de uma ampla ofensiva do governo Donald Trump contra a imigração ilegal. As operações ocorreram em diversos Estados e incluíram batidas em residências, postos de trabalho e outros estabelecimentos.

Além das detenções, o número de deportações também aumentou significativamente. O governo federal planeja enviar os imigrantes considerados mais perigosos para a prisão na Baía de Guantánamo. Segundo dados do ICE, até o dia 31 de janeiro, foram detidas pessoas acusadas de estarem ilegalmente no país. Além disso, a agência emitiu quase 6 mil ordens de detenção contra indivíduos sob investigação.

As operações vêm sendo amplamente divulgadas pelo ICE nas redes sociais, com destaque para incursões em Nova York, Chicago e Boston. Nessas localidades, as autoridades prenderam imigrantes suspeitos de crimes como abuso sexual de menores, estupro, posse ilegal de armas e tráfico de drogas.

Também foram presos membros de gangues violentas, incluindo integrantes do Tren de Aragua, da Venezuela, e do Mara Salvatrucha, conhecida como MS-13.

Operações querem remover os ‘criminosos perigosos’ dos Estados Unidos

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Autoridades Dos Estados Unidos Realizam Detenções Em Meio A Um Endurecimento Das Políticas Migratórias Do Governo Trump | Fotos: Divulgação/Ice

O ex-diretor do ICE e atual responsável pelas ações na fronteira, Tom Homan, afirmou à imprensa norte-americana que as operações focam exclusivamente em criminosos perigosos. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, reforçou essa posição, afirmando que o governo está removendo os “piores dos piores” da sociedade. Segundo ela as ruas já estão mais seguras.

As operações do ICE contaram com o apoio de outras agências federais, como a Agência Antidrogas (DEA), o Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) e o FBI.

Na última terça-feira, Kristi Noem participou de uma dessas operações em Nova York, onde agentes prenderam Anderson Zambrano-Pacheco, de 26 anos, suspeito de ser um dos líderes do Tren de Aragua. O nome de Zambrano-Pacheco ficou conhecido no ano passado, quando um vídeo viralizou mostrando homens fortemente armados arrombando a porta de um apartamento no Colorado.

O ICE já divulgou detalhes sobre mais de 60 casos de prisões, enquanto a Casa Branca compartilhou informações sobre pelo menos outras 20 detenções.

Políticas migratórias mais rigorosas

As detenções ocorrem em meio a um endurecimento das políticas migratórias do governo. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, confirmou que os criminosos mais perigosos serão levados temporariamente para a prisão militar de Guantánamo e declarou que “todas as opções estão sobre a mesa” para combater o crime organizado e os cartéis.

Em entrevista à Fox News, Hegseth informou que a medida faz parte de um novo plano do presidente Donald Trump, que ordenou que o Pentágono prepare a instalação para receber até 30 mil imigrantes ilegais com ficha criminal.

A reação da população às prisões é mista. Em áreas com maior índice de criminalidade, moradores demonstraram apoio às operações. Ramses Frías, ativista e candidato ao conselho municipal de Nova York, afirmou que a comunidade recebeu bem a presença do ICE.

“Muitos residentes, sejam imigrantes ou cidadãos, querem essas prisões. Eles desejam segurança e ruas sem criminosos”, disse Frías.

Por outro lado, prefeitos de algumas cidades reafirmaram sua oposição às ações do governo federal. Brandon Johnson, prefeito de Chicago, e Michelle Wu, prefeita de Boston, declararam que manterão suas cidades como “santuários” para imigrantes. Eles não irão colaborar com as operações do ICE.

Enquanto o debate sobre imigração segue acalorado, o governo Trump reforça sua postura de tolerância zero contra a imigração ilegal, prometendo medidas mais rígidas nos próximos meses.

Fonte: revistaoeste

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