Um terremoto de magnitude 7,8 atingiu a região sudeste da Turquia e parte do noroeste da Síria na madrugada desta segunda-feira, 6. O tremor também foi sentido no Líbano e em Chipre. Segundo as autoridades, pelo menos 1,2 mil pessoas morreram, há 3 mil feridos e milhares de desaparecidos.
De acordo com informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do tremor, que durou cerca de um minuto e meio, foi a 10 quilômetros da superfície. A autoridade turca responsável por administrar desastres e emergências atestou que a origem se deu perto da cidade de Karamamaras. Na Síria, as Províncias mais atingidas foram Hama, Aleppo e Lataquia. É o terremoto mais forte na região desde 1939.
Antakya Merkez / 75.Yıl civarı #Hatay #Deprem #Turkey pic.twitter.com/PcpUY8shOH
— Näcati🌿 (@nec3131) February 6, 2023
Destruição
Conforme as informações divulgadas pela televisão estatal TRT, os tremores ocorreram na madrugada. Quase 900 edifícios foram destruídos nas Províncias turcas de Gaziantep e Karamamaras. As equipes de resgate tentam encontrar sobreviventes sob os escombros.
A profundidade, de cerca de 10 quilômetros, e a duração do tremor são dois fatores que explicam a grande destruição provocada — imagens mostram prédios inteiros desabados e municípios amplamente destruídos.
“Houve um barulho enorme, e o prédio ao lado do nosso desabou quando o terremoto aconteceu”, disse um homem de 30 anos, em Diyarbakir, à agência de notícias Reuters. “Corri para fora. Havia gritos por toda parte. Comecei a puxar pedras com as mãos. Tiramos os feridos com amigos, mas os gritos não pararam”, contou.
Na cidade síria de Aleppo, o diretor de Saúde Ziad Hage Taha disse à Reuters que os feridos estavam “chegando em ondas”. A televisão estatal do país mostrou imagens de equipes de resgate em busca de sobreviventes sob forte chuva e granizo.
Excavations of the bodies of the dead and injured from under the rubble of destroyed houses in the town of Qorqanya in the northern #Idlib countryside as a result of the #earthquake that struck NW #Syria at dawn today. pic.twitter.com/IrsDmWg2zw
— The White Helmets (@SyriaCivilDef) February 6, 2023
Manifestações
A região também enfrenta o inverno rigoroso, com chuva e neve. “Infelizmente, ao mesmo tempo, também estamos enfrentando condições climáticas extremamente severas”, disse o vice-presidente Fuat Otkay.
Em suas redes sociais, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, se manifestou em solidariedade às vítimas. “Transmito meus melhores votos a todos os nossos cidadãos que foram afetados pelo terremoto que ocorreu em Karamamaras e foi sentido em muitas partes do nosso país. Todas as nossas unidades relevantes estão em alerta sob a coordenação da AFAD”, escreveu.
O Reino Unido informou que está pronto para oferecer ajuda. “Meus pensamentos estão com o povo da Turquia e da Síria nesta manhã, especialmente com os socorristas que trabalham tão bravamente para salvar aqueles presos pelo terremoto. O Reino Unido está pronto para ajudar da maneira que pudermos”, publicou nas redes sociais primeiro-ministro Rishi Sunak.
Os Estados Unidos emitiram um comunicado indicando ajuda aos turcos. “Estamos prontos para fornecer toda e qualquer assistência necessária. O presidente Biden instruiu a USAID e outros parceiros do governo federal a avaliarem as opções de resposta dos EUA para ajudar os mais afetados. Continuaremos a monitorar de perto a situação, em coordenação com o governo da Turquia”, informou o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan.
Histórico
A Turquia está situada numa das zonas sísmicas mais ativas do mundo. Em novembro, um sismo de magnitude 5,9 atingiu a Província turca de Düzce, a 200 quilômetros ao leste de Istambul, deixando pelo menos 68 feridos.
Em 1999, um terramoto de magnitude 7,4 que atingiu Izmit, deixou mais de 17 mil mortos. Em 2011, um sismo na cidade de Van deixou 500 mortos.
#Turkey Till Over 500 dead after powerful 7.8-magnitude quake hits Turkey and Syria. Shocking. Many casualties are feared. pic.twitter.com/5auuV1DmW4
— Shilpa Thakur (@Shilpaa30thakur) February 6, 2023
Fonte: revistaoeste