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Suíça aprova nova lei climática para combater o derretimento das geleiras: Consequências e desafios a serem enfrentados.

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A maioria da população da Suíça votou a favor de um projeto de lei que visa introduzir novas medidas climáticas para reduzir drasticamente as emissões de gases causadores do efeito estufa da nação alpina. Os resultados finais, divulgados no domingo, 18, pela emissora pública SRF mostraram que 59,1% dos eleitores foram a favor do projeto, enquanto 40,9% votaram contra.

O referendo foi iniciado por uma campanha de cientistas e ambientalistas para salvar as icônicas geleiras da Suíça, que estão derretendo em um ritmo alarmante. Apesar de buscarem medidas mais ambiciosas, os ativistas acabaram concordando com um plano do governo que exige que o país atinja “net Zero” até 2050, o que implica em zerar as emissões líquidas de carbono.

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O nacionalista Partido do Povo Suíço, que exigia o voto popular, alegou que as medidas propostas fariam com que os preços da eletricidade subissem no país.

“Os apoiadores têm motivos para se alegrar”, disse Urs Bieri, do GFS Bern Institute, à SRF. “Mas nem todos são a favor da lei. A discussão sobre os custos trouxe muitos votos ‘não’”.

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O plano reserva mais de 3 bilhões de francos suíços, o equivalente a 16 bilhões de reais, para ajudar empresas e proprietários de residências a abandonar combustíveis fósseis. O Greenpeace Suíça comemorou o resultado do referendo.

“Essa vitória significa que, finalmente, a meta de alcançar emissões líquidas zero será ancorada na lei. Isso dá mais segurança para planejar com antecedência e permite que nosso país siga o caminho para sair dos combustíveis fósseis”, disse Georg Klingler, especialista em clima e energia do Greenpeace Suíça.

Um derretimento recorde foi registrado nas geleiras suíças em 2022. Cerca de 6% do volume delas foi perdido, o que alarmou os cientistas, que consideravam que uma perda de 2% já era extrema.

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Especialistas como Matthias Huss, glaciologista do Instituto Suíço de Tecnologia em Zurique, começaram a postar fotos dramáticas de geleiras em recuo e de rochas nas redes sociais. Segundo ele, a atitude tem como foco destacar as mudanças que estão ocorrendo nos Alpes.

“Vamos agir enquanto pudermos evitar o pior”, escreveu ele no Twitter.

Fonte: Veja

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