Após três anos na costa norueguesa, uma suposta “baleia-espiã” russa reapareceu na Suécia no domingo 28. A beluga foi identificada pela primeira vez em 2019, quando foi vista usando arreios com equipamentos não identificados, e gerou uma série de especulações sobre sua contribuição para os sistemas de vigilância da Rússia.
O animal marinho teria passado os últimos três anos circulando lentamente pelas águas da metade superior da costa da Noruega. De súbito, a baleia-branca teria avançado em direção à Suécia. No último domingo, ela foi, então, localizada no município costeiro sueco de Hunnebostrand.
Em meio a preocupações com a espionagem russa, a Diretoria de Pesca norueguesa afirmou que monitora o deslocamento da baleia, que é um animal protegido no país. Conhecido por interagir com a população, o cetáceo conhece alguns truques, aumentando ainda mais a desconfiança das autoridades.
“Incentivamos especialmente as pessoas nos barcos a manterem uma boa distância para evitar que a baleia seja ferida ou, no pior dos casos, morta pelo tráfego das embarcações”, comunicou o chefe da instituição, Frank Bakke-Jensen.
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De acordo especialistas consultados pelo jornal britânico The Guardian, o comportamento da beluga é incomum, já que estava se movimentando “muito rapidamente para longe de seu habitat natural”.
O animal marinho teria 13 ou 14 anos de idade, uma fase em que seus hormônios ficam mais altos e podem levá-lo a se deslocar em busca de uma companheira.
No entanto, a beluga está solitária desde abril de 2019, ano em que se fixou nas águas norueguesas, e não foi em busca da população de baleias mais próxima, no arquipélago de Svalbard, que fica entre o litoral norte da Noruega e o Polo Norte.
A população local apelidou a beluga de “Hvaldimir”, uma mistura da palavra “hval” (“baleia”, em norueguês) com o nome de Vladimir Putin, o presidente russo.
Quando foi identificada, em 2019, os biólogos marinhos da diretoria norueguesa e pescadores retiram um arreio preso em seu corpo, que estava estampado com os dizeres “equipamento de São Petersburgo”.
Fonte: Veja