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Submarino do Titanic: Empresa que dispensou especialista que avisou sobre riscos de segurança é alvo de críticas

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A OceanGate, empresa dona do submarino que desapareceu enquanto fazia turismo até os destroços do Titanic no fundo do Oceano Atlântico, demitiu o especialista que alertou sobre possíveis problemas de segurança, em 2018. A informação foi publicada pela BBC News Brasil, nesta quarta-feira, 21.

Em 2017, David Lochridge foi entrevistado pela BBC e demonstrou muito entusiasmo com a OceanGate. Ele havia se mudado da Escócia para Washington, nos Estados Unidos, só para trabalhar com a iniciativa.

Leia também: “Titanic: como é o resgate do submarino que sumiu no Atlântico?”

Em 2018, porém, Lochridge foi demitido, depois de uma série de alertas sobre possíveis problemas de segurança no submarino de turismo ao Titanic.

Primeiro, o especialista alertou seus chefes sobre possíveis falhas no casco de fibra de carbono do submarino Titan — que, segundo ele, poderiam passar despercebidas sem testes mais rigorosos.

O profissional recomendou que a empresa contratasse uma agência de segurança externa para testar a . Porém, foi ignorado.

Leia mais: “Captados sons que podem ser de submarino desaparecido depois de visita ao Titanic”

Depois, Lochridge escreveu um relatório com os alertas de segurança. Desta vez, obteve atenção da chefia da OceanGate, mas não da forma que esperava.

Lochridge foi convocado para uma reunião com vários funcionários, entre eles o executivo-chefe da empresa, Stockton Rush, que está a bordo do submarino que desapareceu. Na reunião, a OceanGate demitiu Lochridge.

Empresa do submarino que buscava o Titanic também processou o especialista que alertou sobre falha de segurança

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Submarino Titan, Que Buscava Destroços Do Titanic, Teve Suas Possíveis Falhas Mencionadas Ainda Em 2018 | Foto: Divulgação

A empresa também processou o especialista, alegando que ele revelou informações confidenciais. Lochridge, por sua vez, processou a OceanGate por demissão sem justa causa. Depois, ambas as partes chegaram a um acordo.

Os documentos do processo judicial revelam que Lochridge descobriu que os fabricantes da janela frontal do submarino Titan o certificaram a uma profundidade de 1,3 mil metros. Em contrapartida, os restos do Titanic estão a 3,8 mil metros abaixo da superfície do oceano.

Ainda em 2018, especialistas da Marine Technology Society — organização de engenheiros oceânicos, tecnólogos, formuladores de políticas e educadores da área da tecnologia marítima — escreveram para Stockton Rush, manifestando “preocupação unânime” com o submarino Titan.

Eles fizeram alertas sobre possíveis problemas “catastróficos” com seu design e disseram que a OceanGate estava fazendo afirmações “enganosas” sobre seu design exceder os padrões de segurança da indústria.

Fonte: revistaoeste

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