Um artigo publicado recentemente no periódico científico Antiquity traz à tona uma nova interpretação sobre a funcionalidade de Stonehenge. O icônico monumento de cinco mil anos localizado na Inglaterra não era, segundo o novo estudo, um “calendário gigante”. Ainda segundo o artigo, a narrativa de que Stonehenge havia sido utilizado para medir o tempo é baseada em “interpretações forçadas”.
No ano passado, uma nova interpretação deu força à narrativa — já bastante conhecida — de que o monumento era um enorme calendário solar, mas recentemente um grupo de especialistas italianos e espanhóis desbancou a teoria. Eles argumentaram que aquela afirmação é “totalmente infundada” e baseada em numerologia e analogias descabidas. O pesquisador britânico autor da teoria que tentava dar força à velha narrativa do calendário gigante reagiu dizendo que se trata de “um clássico discurso sem conclusão”.
Os autores do novo artigo, os doutores Giulio Magli, do Politécnico de Milão; e Juan Antonio Belmonte, da Universidade da Laguna, em Tenerife, afirmaram o seguinte: “Stonehenge é um monumento de uma complexidade espantosa, que só pode ser compreendido tendo em conta a sua paisagem e a cronologia das suas diferentes fases ao longo dos séculos”. Eles insistem em dizer que Stonehenge não era um calendário.
A teoria que dá suporte ao Stonehenge-calendário afirma que o monumento foi concebido para representar um ano civil de 365 dias. O que é rejeitado pela dupla italiana e espanhola — ambos astrônomos. Os pesquisadores são unânimes, contudo, em afirmar que Stonehenge guarda ainda muitos mistérios. O artigo completo foi publicado na revista científica Antiquity.
Fonte: revistaoeste