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Sobrinho de JFK entra na corrida presidencial de 2024, desafiando Biden

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O advogado Robert F. Kennedy Jr. apresentou na quarta-feira 5 sua candidatura para concorrer à presidência dos Estados Unidos em 2024 pelo Partido Democrata, desafiando o atual líder da Casa Branca, Joe Biden.

O homem de 69 anos é filho do ex-procurador-geral dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy, e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy. Ambos foram assassinados, em 1968 e 1963, respectivamente.

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O tesoureiro de campanha do advogado ambiental, John E. Sullivan, confirmou o arquivamento da papelada eleitoral na quarta-feira.

Kennedy é conhecido por seu ativismo na área de maio ambiente. Ele também levanta abertamente a bandeira antivacina. O Instagram removeu sua conta em 2021 por “compartilhar repetidamente informações mentirosas”, disse a empresa.

Os partidos Democrata e Republicano realizam suas próprias disputas – chamadas primárias – para decidir seu candidato presidencial. Kennedy é considerado um outsider para a nomeação democrata.

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O presidente Joe Biden indicou que concorrerá à reeleição, embora ainda não tenha declarado formalmente sua candidatura. Esperava-se que ele lançasse sua campanha no início de abril, mas assessores disseram que seu cronograma mudou. A emissora americana CBS News informou que ele deve anunciar formalmente que vai concorrer no final de junho.

No mês passado, outra democrata, Marianne Williamson, entrou na corrida presidencial. Ela é escritora, pastora e uma ativista da área de saúde.

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Do lado republicano, o ex-presidente Donald Trump foi o primeiro a declarar sua candidatura. Outros se juntaram a ele, incluindo a ex-embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley.

Em março, Kennedy disse no Twitter que estava considerando concorrer à presidência.

“Se eu concorrer, minha principal prioridade será acabar com a fusão corrupta entre Estado e poder corporativo que arruinou nossa economia, destruiu a classe média, poluiu nossas paisagens e águas, envenenou nossos filhos e roubou de nossos valores e liberdades”, disse ele na época.

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Como co-fundador de um escritório de advocacia ambiental, Kennedy ganhou elogios por fazer campanha por acesso à água potável, inclusive trabalhando para limpar o rio Hudson em Nova York.

No entanto, seu ativismo antivacina provocaram fortes críticas, inclusive de sua própria família. Em 2021, sua irmã, Kerry Kennedy, o chamou de “muito perigoso”. Em 2019, três outros membros da família escreveram um artigo de opinião no portal de notícias Politico, dizendo que suas opiniões eram “tragicamente erradas” e têm “consequências mortais”.

Em 2022, o Facebook e o Instagram removeram contas de um grupo antivacina fundado por Kennedy, o Children’s Health Defense, por violar “repetidamente” as políticas da empresa sobre desinformação médica.

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Embora o ceticismo de Kennedy em relação a vacinas seja muito anterior à Covid-19, ele encontrou um novo público durante a pandemia, quando as receitas da Children’s Health Defense dobraram para US$ 6,8 milhões (cerca de R$ 34 milhões).

Kennedy também publicou um livro, The Real Anthony Fauci (“O Verdadeiro Anthony Fauci”, em tradução literal), no qual acusou o ex-chefe de doenças infecciosas dos Estados Unidos de “um golpe de Estado histórico contra a democracia ocidental”.

Ele também comparou campanhas de vacinação obrigatórias à Alemanha nazista durante um discurso antivacina na capital americana, Washington, D.C., no ano passado.

Fonte: Veja

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