O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta quinta-feira, 9, em discurso ao Parlamento Europeu, que somente a vitória ucraniana na guerra contra a Rússia “garantirá os valores europeus”. O líder de Kiev proclamou, ainda, que seu país se juntará à União Europeia após derrotar a “maior força antieuropeia do mundo moderno”, referindo-se a Moscou.
Zelensky agradeceu aos cidadãos de “todas as cidades e vilas” da Europa pelo apoio dado aos ucranianos ao longo da invasão russa. Mais tarde nesta quinta-feira, ele deve participar de uma cúpula de líderes do bloco para pedir mais armas ofensivas.
Tendo conquistado o envio de tanques de batalha produzidos na Alemanha e Estados Unidos na última semana, as autoridades ucranianas agora estão focadas em tentar garantir o fornecimento aviões militares a jato e mísseis de longo alcance.
Na quarta-feira 8, o presidente da Ucrânia fez um apelo poderoso no Parlamento britânico pela preciosa ajuda bélica. No entanto, Zelensky não mencionou a demanda por jatos em seu discurso aos eurodepudados. Suas palavras pareciam menos voltadas a pressionar os políticos do que a garantir o apoio dos cidadãos comuns do bloco.
“Gostaria de agradecer a todos vocês que têm ajudado o nosso povo, os nossos cidadãos comuns, os nossos refugiados aqui que apelaram aos seus líderes para aumentar e reforçar o seu apoio”, disse. “Estamos nos defendendo no campo de batalha, nós ucranianos, junto com vocês”, acrescentou, afirmando que seu país luta contra a “maior força antieuropeia do mundo moderno”.
Zelensky também proclamou que a Ucrânia “se juntará à União Europeia”. A nação solicitou adesão ao bloco logo após a invasão da Rússia e, em junho, recebeu formalmente o status de candidata.
Após o discurso do líder ucraniano, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que “continuará os esforços” para entregar armas a Kiev, acrescentando que Paris está determinada a ajudar a levar a Ucrânia em direção à “vitória, paz e Europa”.
“A Rússia não pode e não deve vencer”, disse Macron, acrescentando que “o futuro da Europa” está em jogo na Ucrânia.
Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que estava claro que Moscou não venceria e garantiu à Ucrânia que seu futuro está na União Europeia, dizendo que a Ucrânia já faz parte da “família europeia”.
“Putin não alcançará seus objetivos – nem no campo de batalha e nem por meio de uma paz ditada”, afirmou.
Embora as palavras dos líderes pareçam encorajadoras, ainda não há indício de que a Ucrânia possa se juntar à União Europeia. Sua seleção é criteriosa, e ainda há diversos aspectos-padrão, como índices de corrupção e transparência, em que Kiev ainda não se encaixa.
Fonte: Veja