O site do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela permanece fora do ar quase nove horas depois de um ataque cibernético ao sistema do órgão federal. Controlado pelo governo, o CNE anunciou oficialmente o resultado do pleito que teria levado o ditador Nicolás Maduro à reeleição, neste domingo, 28.
Presidente do conselho, Elvis Amoroso revelou que, depois do anúncio da vitória de Maduro, um ataque ao sistema de transmissão de dados causou atrasos na contagem dos votos. Desde então, o site do órgão continua inacessível.
Governo chama ataque a órgão eleitoral de terrorismo
Amoroso descreveu a invasão como um ato de terrorismo e prometeu investigações. Ele não forneceu detalhes adicionais.
Em coletiva de imprensa, a oposição denunciou irregularidades no processo eleitoral. Os opositores alegam dificuldades para acessar as atas impressas das zonas eleitorais e dizem que só conseguiram reunir 40% dos documentos de todo o país.
De acordo com o CNE, Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos e deve governar por mais seis anos. Enquanto isso, a oposição garante que Edmundo González venceu, com ao menos 70%.
Em suas redes sociais, o ditador Nicolás Maduro publicou o vídeo do momento do seu voto. Ele alega que o sistema eleitoral da Venezuela é o mais seguro e transparente do mundo. Assista ao vídeo abaixo:
Ejerciendo mi derecho al #Voto, fácil, rápido y sencillo. Mi llamado es a ir a votar por la #Paz, por la democracia y por #Venezuela. pic.twitter.com/gbL1QwMjdf
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) July 28, 2024
Reações internacionais
O presidente do CNE afirmou que 80% das urnas foram apuradas e que o resultado parcial era irreversível, o que confirmou a vitória de Maduro.
Autoridades internacionais dos Estados Unidos e da União Europeia veem indícios de fraude e se recusaram a reconhecer Maduro como vencedor. Por outro lado, líderes de Rússia, Bolívia e Cuba parabenizaram o ditador, que segue para o seu terceiro mandato.
Fonte: revistaoeste