A série infantil Ridley Jones: A Guardiã do Museu, uma das atrações da Netflix, faz apologia da linguagem neutra. No oitavo episódio da quinta temporada, um pequeno búfalo se dirige à avó, um búfalo fêmea, e pede que seus colegas o chamem de Fred. O animal quer usar esse nome porque se considera não binárie [sic], ou seja, não pertence a nenhum gênero específico.
O pequeno búfalo assume a identidade não binária pouco antes de receber a incumbência de liderar um rebanho. “Tem uma coisa que preciso te contar”, diz Fred à avó. “Isso não pode mais esperar. Se eu for liderar um rebanho, quero fazer isso sendo quem sou. Afinal, você sempre diz para liderar com o coração.” O animal enfatiza que se sente mais à vontade com o nome Fred. “É porque sou ‘não binárie’. E Fred é o nome que se encaixa melhor.”
Mas não para aí. O pequeno búfalo também prefere que usem ile e dile como seus pronomes de tratamento. “Me chamar de ‘ela’ ou ‘ele’ não parece certo”, diz.
Depois que ouve a declaração de Fred, a avó se manifesta. “É por isso que você estava sofrendo”, considera. “Não sabia disso. Como poderia liderar um rebanho sem ser quem você é? Desculpe por usar o nome e o pronome errados. Obrigado por mostrar seu coração. É assim que você vai arrasar, liderando debandadas. Você é forte e valente, Fred!”
O pequeno bisão — e agora líder do rebanho — parte com seus pares. E a avó diz: “Ile está liderando com o coração”.
Irresponsavelmente, a @NetflixBrasil traz em seu catálogo a série animada “Ridley Jones: a guardiã do museu”, uma propaganda da ideologia de gênero e da assim chamada linguagem neutra, invenções de um punhado de extremistas acadêmicos de esquerda, que agora extremistas políticos… https://t.co/Tm0ciOoobe pic.twitter.com/ESPNwLxGRQ
— Flávio Gordon (@flaviogordon) March 9, 2023
Reincidência
Não é a primeira vez que a Netflix faz apologia da linguagem neutra e das pautas identitárias. . Trata-se de Ismat.
Em uma das cenas, por exemplo, a personagem Ridley e seus amigos tentam ajudar um dinossauro a encontrar o próprio rabo. A criatura pré-histórica utiliza-se da linguagem neutra para conversar com os demais. “Todes por uma garota, e uma garota por todes”, diz o animal, ao ser ovacionado pelos colegas.
Novilíngua
Em reportagem publicada na da Revista Oeste, o editor-assistente Cristyan Costa escreve sobre a linguagem neutra. “Trata-se de uma crise da inteligência”, observa Caio Perozzo, especialista em linguagem e professor de literatura do Instituto Borborema. Cíntia Chagas, professora de português, garante que a linguagem neutra marginaliza cegos e surdos e é um desrespeito ao idioma. “O ‘dialeto neutro’ inviabiliza a comunicação desses grupos”, afirma.
Fonte: revistaoeste