O submarino nuclear K-562 Arkhangelsk, o mais avançado da frota russa, chegou nesta segunda-feira, 27, à base naval de Zapadnaia Litsa. O lugar fica a 60 km da fronteira com a Noruega, país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
A embarcação reforça a presença militar russa em uma área que se tornou palco de crescente disputa estratégica entre Moscou e o Ocidente.
Capaz de lançar até 32 mísseis de diferentes modelos, incluindo os hipersônicos Tsirkon, o Arkhangelsk consolida a renovação da frota russa. As armas hipersônicas foram testadas pela primeira vez em 2021 e possuem alcance de até mil quilômetros.
Embora os Tsirkon possam receber ogivas nucleares, não há confirmação de que essa capacidade já esteja operacional.
O submarino foi entregue à Marinha russa no dia 27 de dezembro. A presença do Arkhangelsk reforça o poder militar da em uma região estratégica e eleva a tensão com países vizinhos, como Noruega, Suécia e Finlândia.
O Ártico, relevante por sua posição estratégica e riquezas naturais, é palco de movimentações militares, que se intensificaram desde a invasão russa à Ucrânia, em 2022.
Além da presença russa, o interesse dos Estados Unidos na região se evidenciou quando o presidente propôs a compra da Groenlândia, rica em minerais estratégicos e sede de uma importante base militar norte-americana.
País que controla a Groelândia, a Dinamarca anunciou um pacote de US$ 2,1 bilhões para reforçar a segurança no Ártico.
Com quatro submarinos da classe Iasen em operação, a Rússia busca modernizar sua frota, que já conta com 40 submarinos táticos. Os custos elevados — entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões por unidade — representam desafios para Moscou, que planeja operar 12 embarcações desse tipo.
Os Estados Unidos mantêm 24 submarinos de características similares, mas ainda sem mísseis hipersônicos.
Fonte: revistaoeste