Quatro dias depois da queda do jato particular em cidade ao norte de Moscou, autoridades da Rússia confirmaram: o líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava abordo. No acidente aéreo, dez pessoas morreram — e não teve sobreviventes.
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De acordo com a agência de notícias Tass, que é controlada pelo Kremlin, o Comitê de Investigação Russo confirmou, neste domingo, 27, que concluiu os exames genéticos dos dez corpos que estavam no jato fabricado pela brasileira Embraer. Constatou-se, assim, que uma das vítimas era mesmo Prigozhin.
“No âmbito da investigação sobre a queda do avião na região de Tver, foram concluídos exames genéticos moleculares”, informa, dessa forma, o comitê russo. “De acordo com os seus resultados, foram estabelecidas as identidades de todas as dez vítimas. Correspondem à lista indicada no manifesto de voo.”
Aliado durante décadas de Vladimir Putin, Prigozhin entrou em rota de colisão com o presidente da Rússia em junho. Na ocasião, o Grupo Wagner esboçou se rebelar contra as forças armadas russas. Inclusive, ensaiou promover motim em direção à capital Moscou. O movimento paramilitar era, então, ponto de apoio da Rússia na guerra contra a Ucrânia — e em localidades da África.
Com a queda do avião, ainda sem explicações oficiais, Prigozhin entrou para a lista de pessoas ligadas a Putin que tiveram mortes misteriosas. O magnata Pavel Antov, por exemplo, morreu dias depois de cair de uma janela de hotel na Índia, em dezembro do ano passado.
Morte de Prigozhin na Rússia: autoridades dos EUA definem acidente aéreo como assassinato
Para autoridades do serviço de inteligência dos Estados Unidos, não há mistérios relacionados à morte do líder dos mercenários do Wagner. Norte-americanos afirmam que o acidente aéreo, que teve Prigozhin como uma das vítimas, deve ser classificado como assassinato.
Leia também: “O Grupo Wagner é o pesadelo de Putin… ou dos ucranianos?”, reportagem de Flavio Morgenstern publicada na Edição 171 da Revista Oeste
Fonte: revistaoeste