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Rússia assume o controle dos ativos da Danone e Carlsberg em ambiciosa movimentação empresarial

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A Rússia assumiu o controle das subsidiárias locais da francesa Danone e da dinamarquesa Carlsberg sob um decreto do presidente Vladimir Putin. A decisão, destinada a empresas de países “hostis”, foi editada no domingo 16.

De acordo com a determinação, o Estado russo assumiu “temporariamente” a custódia de 98,5% das ações da cervejaria russa Baltika, pertencente a Carlsberg, e de dezenas de milhares de ações das subsidiárias da Danone.

A atitude do líder russo é um recado claro para o Ocidente, no qual Moscou pode tomar medidas semelhantes contra outras empresas internacionais se os ativos russos forem congelados por países europeus.

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Em abril, Putin assinou um decreto permitindo o controle estatal “temporário” sobre os ativos de empresas ou indivíduos de Estados “hostis”, que inclui os Estados Unidos (EUA) e seus aliados, em resposta a movimentos semelhantes ou a ameaça deles por esses países.

Esta não é a primeira vez que Moscou recorre ao decreto para controlar ativos de empresas que atuam no país. Em 26 de abril deste ano, o Kremlin já havia assumido o comando de concessionárias da Fortum Oyj, da Finlândia, e da Uniper, da Alemanha.

Suspensão de atividades de empresas estrangeiras na Rússia

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Soldados da Ucrânia tentam retomar territórios diante do enfraquecimento da Rússia | Foto: Reprodução/YouTube/
CBS Mornings

Desde o início da guerra contra a Ucrânia, amplamente repudiada pela comunidade internacional, várias companhias multinacionais deixaram a Rússia ou suspenderam suas atividades no país.

Em outubro do ano passado, enquanto o conflito entre Rússia e Ucrânia já durava há 8 meses, a Danone anunciou que planejava vender a maior parte de seus negócios na Rússia, mas que manteria cerca de 25% das ações para suprir as “necessidades essenciais da população civil”. Esperava-se que a venda pudesse resultar em uma baixa contábil de até US$ 1,1 bilhão.

A Carlsberg anunciou no fim de março de 2022, quase um mês depois da invasão russa na Ucrânia, que venderia ativos importantes na Rússia, onde tinha 8,4 mil funcionários e era proprietário da marca Baltika desde 2000. Em junho, o grupo encontrou um comprador, mas não revelou detalhes.

Fonte: revistaoeste

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