O rei Charles anunciou nesta quinta-feira, 19, que os lucros de uma fazenda eólica, de 1 bilhão de libras por ano, devem ser usados para o “bem público mais amplo” e não como financiamento extra para a monarquia.
Dos impostos usados para sustentar a instituição, que agora somam 86,3 milhões de libras por ano, o rei recebe 25% do superávit anual da propriedade da coroa (ou Crown Estate), que inclui 10% extra para reformas do Palácio de Buckingham.
Seis novos contratos de energia eólica offshore, anunciados pelo Crown Estate nesta quinta-feira, geraram um grande ganho inesperado, o que normalmente levaria a um salto no financiamento oficial da monarquia. O direito do monarca de coletar royalties da energia eólica foi concedido pelo governo trabalhista de Tony Blair em 2004.
Mas o rei, que destacou a crise do custo de vida que assola o Reino Unido em sua mensagem de Natal, pediu que os fundos extras “sejam direcionados para um bem público mais amplo”, em vez da monarquia.
O Palácio de Buckingham disse que, à luz da “receita inesperada de energia offshore”, o rei quer reduzir a fatia dos lucros usada para calcular a concessão, usada para pagar custos como viagens da família real para compromissos oficiais e para a manutenção dos palácios.
Uma revisão da porcentagem dos lucros do Crown Estate está em andamento com o Tesouro, com uma decisão esperada para os próximos meses. O administrador dos fundos reais, Michael Stevens, escreveu ao primeiro-ministro Rishi Sunak para propor uma “redução apropriada”.
O grupo de ativistas anti-monarquia Republic, contudo, rejeitou a medida como “uma manobra de relações públicas cínica para antecipar uma decisão do governo de reduzir a porcentagem”. O executivo-chefe do grupo, Graham Smith, disse que a declaração do rei “refletia um acordo que ele não tinha poder para mudar”.
Fonte: Veja