O comandante ucraniano Roman Hryshchenko afirmou nesta quinta-feira, 11, que mercenários do grupo russo Wagner intensificaram ataques à cidade de Bakhmut, um dos epicentros do conflito. A declaração foi divulgada após o líder da tropa paramilitar, Yevgeny Prigozhin, ter ameaçado retirar suas forças do local por falta de envios de munição por Moscou.
Hryshchenko alegou que, ao contrário do que foi dito por Prigozhin, os soldados do grupo Wagner não demonstraram sinais de enfraquecimento bélico, já que bombardeios e ataques de artilharia aumentaram nos últimos dias. O combate em Bakhmut perdura há mais de nove meses.
“Eles não tiveram nada nem perto de um déficit de munições. Nos últimos dias, a intensidade dos bombardeios e da artilharia de foguetes aumentou”, disse o comandante.
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Segundo Hryshchenko, seus soldados estão habitando ruínas há cerca de dois meses para fortalecer a contraofensiva na cidade. Ele também disse, sem apresentar provas, que tropas russas estavam sofrendo um número maior de baixas quando comparadas às forças ucranianas.
“(A Rússia) está perdendo grande parte de suas tropas. Bakhmut já cumpriu sua principal tarefa e continua cumprindo. Aqui, estamos massacrando a mão de obra do inimigo”, relatou em entrevista à agência de notícias Reuters.
Em contrapartida, Hryshchenko reforçou o poder de ataque do grupo de mercenários russos e a dificuldade da equipe ucraniana em controlar o perímetro da cidade. Somente 30% dos seus soldados tinham experiência militar antes da invasão à Ucrânia, que ocorreu em fevereiro do ano passado. No que chamou de “tarefa grande e árdua”, ele enfatizou que sua tropa trabalha ativamente para cobrir o território da cidade.
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Nesta quarta-feira, 10, uma unidade militar ucraniana disse ter expulsado uma brigada de infantaria russa de um território perto da cidade de Bakhmut depois de Prigozhin ter informado a retirada dos seus soldados na região.
“Nosso Exército está fugindo. A 72ª Brigada destruiu três quilômetros quadrados esta manhã, onde perdi cerca de 500 homens”, declarou Prigozhin.
Fonte: Veja