Na última terça-feira, 27, Nahel, um garoto de 17 anos foi baleado e morto durante uma abordagem policial no subúrbio de Paris, na França. Desde então, o país vivencia uma onda de protestos contra a violência policial, que culminaram em prédios depredados lojas saqueadas e carros incendiados.
Neste domingo, 2, o Ministério do Interior informou que 719 pessoas foram presas nas ruas da França, horas depois de afirmar que a violência parecia estar diminuindo em relação às noites anteriores. Nos protestos, cerca de 200 policias foram feridos.
Além da capital Paris, também há manifestações em Marselha e Lyon que já duram cinco dias e expõe a insatisfação das pessoas com a discriminação, a falta de oportunidade e o excesso de policiamento em bairros de baixa renda, um grande problema para o presidente Emmanuel Macron, que convocou uma reunião de emergência com ministros para tentar amenizar a situação e unir o país.
Nos bairros nobres da capital francesa, manifestantes também dispararam fogos de artifício e incendiaram barricadas enquanto a polícia tentava controlar a situação com gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral. Além disso, o prefeito do subúrbio parisiense de l’Hay-les-Roses teve sua casa invadida por um carro em chamas que, segundo ele, machucou sua esposa e um dos seus filhos.
A avó do jovem morto pediu calma aos manifestantes. “Para as pessoas que estão quebrando coisas, eu digo: ‘Parem com isso’. Eles estão fazendo isso com o [caso do] Nahel como um pretexto. Não, as pessoas deveriam parar. Elas não deveriam quebrar vitrines, não deveriam saquear escolas”, disse ela ao canal francês BFM TV, acrescentando que a culpa é apenas do policial que o matou.
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Fonte: Veja