Separatistas na região de Papua, na , divulgaram nesta quarta-feira, 15, imagens de um piloto neozelandês feito refém na semana passada. Eles dizem que o homem passa bem de saúde, mas disseram que ele não seria libertado até que as autoridades reconhecessem a independência da área.
O piloto, Philip Mehrtens, que pilotava um avião operado pela companhia aérea Susi Air, foi sequestrado por combatentes do Exército de Libertação Nacional de Papua Ocidental na semana passada, após pousar na remota região de Nduga.
Segundo a agência de notícias Reuters, um amigo de Mehrtens, que não quis ser identificado devido à sensibilidade do assunto, confirmou sua identidade.
Sebby Sambom, porta-voz do exército rebelde, compartilhou fotos e vídeos de um homem vestindo jaqueta jeans, cercado por um grupo de cerca de dez combatentes, alguns deles armados.
“Os militares da Papuásia, que me levaram cativo para lutar pela independência da Papuásia, pedem que os militares indonésios voltem para casa na Indonésia. Se não, permanecerei cativo por toda a minha vida”, disse Mehrtens em um vídeo.
Um dos combatentes está segurando a bandeira “Estrela da Manhã”, um símbolo da independência de Papua.
🚨🇮🇩🇳🇿Indonesian terrorists released photo of New Zealand pilot who’s been taken hostage 7 days ago. Rebels have pledged to release him if #Papua is granted independence from #Indonesia! pic.twitter.com/MMONJVTLk7
— Terror Alarm (@Terror_Alarm) February 15, 2023
Em nota que acompanha as imagens, Sambom disse que o piloto estava bem de saúde e que era coadjuvante em uma disputa política.
O ministro-chefe da Segurança da Indonésia, Mahfud MD, prometeu na segunda-feira 13 garantir a libertação de Mehrtens usando “abordagens persuasivas, porque a prioridade é sua segurança”, mas disse que não poderia descartar o uso de “outras maneiras”, sem especificar quais.
“Tomar civis como reféns, por qualquer motivo, é inaceitável”, afirmou.
Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores e Comércio da disse que estava ciente das fotos e vídeos que circulavam, mas se recusou a fazer mais comentários.
As províncias mais orientais da Indonésia foram devastadas por uma batalha pela independência desde que a região, rica em recursos naturais, foi controversamente colocada sob controle indonésio em uma votação supervisionada pelas Nações Unidas em 1969.
O conflito aumentou significativamente desde 2018, com ataques mais mortais e frequentes dos rebeldes.
Giro VEJA – quarta, 15 de fevereiro
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Fonte: Veja
