A , liderada por , planeja realizar um exercício militar que envolve armas nucleares táticas como forma de demonstrar sua capacidade de resposta à pressão dos países ocidentais em relação à situação na Ucrânia.
O porta-voz do , Dmitri Peskov, revelou que a simulação é uma resposta direta às sugestões de líderes ocidentais, incluindo Emmanuel Macron, presidente da França, de enviar tropas para auxiliar a contra a invasão russa. A declaração foi feita na segunda-feira 6.
A França está sob investigação de Moscou por supostamente enviar soldados da Legião Estrangeira para lutar ao lado da Ucrânia, mesmo sem um envio oficial de forças por parte de paris. Macron enfrentará acusações russas de intensificar o conflito durante seu encontro com xi jinping, aliado próximo de Putin.
Putin já havia realizado exercícios abrangentes com armas nucleares antes da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. A possibilidade de uma escalada nuclear tem influenciado a assistência militar ocidental à Ucrânia, com declarações recentes que sugerem uma potencial mudança de postura em relação ao uso de armas fornecidas por países como o Reino Unido.
Os avanços russos no leste da Ucrânia, incluindo a conquista de pequenas cidades que ameaçam a Província de Donetsk, aumentam a preocupação de um possível conflito nuclear. Especialistas alertam para os riscos de uma escalada caso armas táticas sejam empregadas, o que poderia resultar em consequências globais desastrosas.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estima que a Rússia possua cerca de 2 mil dessas armas táticas, em contraste com as 100 bombas mantidas pelos Estados Unidos na Europa.
A ameaça de Putin ao Reino Unido
No mesmo pronunciamento, Putin ameaçou o Reino Unido caso armas britânicas sejam utilizadas contra seu território pela Ucrânia. Ele ainda disse que atacaria com armas nucleares táticas em resposta à sugestão de governos ocidentais, principalmente o da França, de enviar soldados para ajudar Kiev a resistir à invasão russa.
As armas nucleares táticas mencionadas pelo Ministério da Defesa russo representam uma ameaça significativa, pois são capazes de atingir alvos militares específicos sem causar a mesma devastação das armas nucleares estratégicas. No entanto, a distinção não diminui o temor ocidental de um possível uso dessas armas contra a Ucrânia ou seus aliados.
Putin disse que o embaixador britânico em Moscou, Nigel Casey, “foi avisado de que a resposta aos ataques ucranianos com armas britânicas contra o território russo poderia ser a qualquer base ou equipamento militar do Reino Unido dentro ou fora do território da Ucrânia”.
Fonte: revistaoeste