O ministério do Interior da França informou nesta sexta-feira, 30, que 875 pessoas foram detidas na terceira noite de protestos após a morte de um adolescente filho de imigrantes africanos, baleado por um policial. A maioria tem de 14 a 18 anos. O agente teve a prisão preventiva por homicídio decretada pela Justiça.
Ao longo da madrugada, manifestantes entraram em confrontos com a polícia em várias cidades. Lojas e bancos foram destruídos ou incendiados e ônibus foram virados. Para conter os franceses, o governo mobilizou 40 mil policiais extras em todo o país.
Além de Paris, cidades como Lyon, Lille e Tolouse, entre outras, registraram protestos violentos. Como medida de contenção, as autoridades locais da segunda maior cidade da França, Marselha, proibiram manifestações nesta sexta-feira. Todos os transportes públicos da região vão parar de funcionar às 19h (15h de Brasília), já que os manifestantes costumam ir às ruas de noite.
Pelo menos três cidades ao redor de Paris, incluindo Clamart, Compiègne e Neuilly-sur-Marne, impuseram toques de recolher noturnos totais ou parciais, depois que um relatório de inteligência policial vazou para a mídia francesa e previu “violência urbana generalizada nas próximas noites”.
O presidente francês, Emmanuel Macron, chamou uma outra reunião de crise de ministros para conter a escalada de distúrbios que se espalhou de conjuntos habitacionais em todo o país para o centro das principais cidades francesas.
A violência começou na terça-feira 27, em Nanterre, nos arredores de Paris, depois da morte de Nahel, de 17 anos. O adolescente foi atingido por um disparo à queima-roupa efetuado por um agente durante uma blitz.
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Fonte: Veja