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Protestos Globais Contra Fraude Eleitoral na Venezuela

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Protestos ao redor do mundo se opuseram à fraude nas eleições da Venezuela. Iniciadas no sábado 17, as manifestações ocorreram em Nova York, Rio de Janeiro, Paris, Santiago, Barcelona, Madri, Cidade do México e Caracas.

O objetivo foi chamar a atenção internacional para a crise enfrentada pelo povo venezuelano, em virtude da fraude cometida pelo ditador Nicolás Maduro.

Os manifestantes também solicitaram apoio de governos estrangeiros a Edmundo González, candidato da oposição.

Em Caracas, a líder da oposição María Corina Machado percorreu as ruas em um caminhão, gritando “coragem” e “liberdade”. Diante de uma multidão, ela afirmou que era o momento de “respeitar cada voto”.

“Que o mundo e todos na Venezuela reconheçam que o presidente eleito é Edmundo González”, declarou, recebendo aplausos dos apoiadores.

“Eles não poderão encobrir a realidade de 28: vencemos de forma esmagadora.” Ele não compareceu à manifestação em Caracas”, escreveu González, em sua conta no Twitter/X, escreveu.

Reações e manifestações pelo mundo

Em frente ao Monumento à Revolução, na Cidade do México, centenas de pessoas repetiram os gritos de “Liberdade! Liberdade!” que dominaram os comícios da oposição antes da eleição. “Fora Maduro! Fora Maduro!” gritaram, enquanto motoristas buzinavam em apoio.

Em 28 de julh, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, cujos membros são leais ao partido governista, declarou Maduro vencedor da eleição poucas horas após o fechamento das urnas. Diferente das eleições anteriores, o órgão não divulgou dados detalhados das planilhas para sustentar a alegação de que Maduro obteve 6,4 milhões de votos, enquanto González, representando a coalizão de oposição Plataforma Unitária, conseguiu 5,3 milhões.

Documentos e provas da oposição na Venezuela

González e Machado surpreenderam os venezuelanos ao revelar que obtiveram mais de 80% das planilhas emitidas por cada urna eletrônica após o fechamento das urnas. Os documentos, eles, mostravam a vitória de González por ampla margem e foram disponibilizados em um site para consulta pública. Machado incentivou os apoiadores a imprimirem a planilha de sua estação de votação e levá-la às manifestações de sábado.

Na Cidade do México, alguns seguravam cartazes criticando a decisão do governo mexicano de não participar de uma audiência da Organização dos Estados Americanos focada na crise eleitoral da Venezuela.

“México, sentimos sua falta na OEA”, dizia um dos cartazes. A oposição reiterou a necessidade do apoio da comunidade internacional para que Maduro aceite os resultados desfavoráveis da eleição. “A zombaria é pior desta vez porque há provas; qualquer um pode vê-las”, disse Janett Hurtado, 57, que deixou a Venezuela há dois anos, referindo-se às planilhas de votação. “O governo nos tirou outras eleições novamente.”

Repressão e detenções

Janett observou o medo dos venezuelanos de falar contra Maduro depois das prisões em massa relacionadas aos protestos contra os resultados eleitorais. Mais de 2 mil pessoas foram presas por protestar contra Maduro ou questionar sua alegação de vitória, apesar das evidências de o ditador perdeu por uma margem superior a 2 para 1.

Segundo o grupo de direitos humanos Provea, 24 pessoas foram mortas. A onda de detenções, incentivada pelo próprio Maduro, é sem precedentes e pode facilmente superar as prisões realizadas em três repressões anteriores contra opositores.

Entre os detidos estão jornalistas, líderes políticos, membros de campanhas e um advogado que defendia manifestantes. Outros tiveram seus passaportes venezuelanos anulados ao tentarem deixar o país. Uma ativista local transmitiu ao vivo sua prisão por agentes de inteligência militar que invadiram sua casa com um pé de cabra.

“É doloroso ver o que está acontecendo”, disse a filha de Hurtado, Veronica Guedez, 19. “Estamos aqui para nos apoiar como irmãos e irmãs.”

Fonte: revistaoeste

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