O príncipe Harry, da Inglaterra, acusou os tabloides britânicos de retratá-lo como “burro”, “trapaceiro” e “usuário de drogas” em uma declaração publicada nesta terça-feira, 6. O comentário faz parte de seu depoimento como testemunha em um processo contra o Mirror Group Newspapers (MGN), por supostamente hackear telefones para obter informações privilegiadas sobre o membro da realeza.
+ Príncipe Harry falta a julgamento no Supremo devido a aniversário da filha
Em uma declaração de testemunha divulgada enquanto prestava depoimento no Supremo Tribunal do Reino Unido, Harry afirmou que, quando adolescente, havia se comportado mal para acompanhar as manchetes, colocando-o em uma “espiral de degradação”. O príncipe também voltou a dizer que suas mensagens de voz foram hackeadas, deixando-o com a sensação de que “não podia confiar em ninguém”.
O Duque de Sussex acusa os jornalistas do Mirror Group de coletarem informações ilegalmente, o que o conglomerado de mídia nega.
+ O efeito polarizante da perseguição de Harry e Meghan por paparazzi
Para Harry, segundo o texto publicado nesta terça, os tabloides criaram “papéis” para os membros da família real britânica, como em uma peça de teatro, e fabricaram uma “versão alternativa e distorcida de mim”.
“[Fui] ‘o príncipe playboy’, o ‘fracasso’, o ‘desistente’, o ‘burro’, o ‘trapaceiro’, ‘o menor de idade que consume álcool’, o ‘usuário de drogas irresponsável’”, disse ele. “[São] os papéis que mais lhes convêm e que vendem o maior número possível de jornais.”
+ Harry vai ser primeiro membro da realeza a depor em tribunal em 130 anos
Harry é uma das quatro pessoas que abriram processos contra o editor do Daily Mirror, Sunday Mirror e The People, ao lado dos atores britânicos Michael Turner – conhecido profissionalmente como Michael Le Vell – e Nikki Sanderson, bem como Fiona Wightman, a ex-esposa do comediante Paul Whitehouse.
Todos alegam que o Mirror Group usou métodos ilegais para obter furos de notícias. Acusam os executivos do conglomerado de saber sobre o modus operandi dos jornalistas mas não fazer nada para impedir ações como o hackeamento de telefones. O MGN nega todas as acusações.
Fonte: Veja