O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, chamou a emissora alemã Deutsche Welle (DW) de “nazista”, na última segunda-feira, 4. .
Depois da repercussão, o sinal da DW parou de funcionar na Venezuela. Não se sabe em que momento a transmissão foi interrompida, tampouco se houve uma medida específica do governo contra a empresa.
“Existe uma campanha dirigida pela CNN em espanhol, pela Associated Press, por todos esse veículos, entre eles um veículo nazista da Alemanha: a Deutsche Welle”, disse Maduro, durante seu programa semanal na televisão estatal. “Uma campanha dizendo que todos os crimes do mundo hoje são cometidos por venezuelanos.”
A mídia televisiva atinge cerca de 95% dos lares venezuelanos.
diretor-geral da DW responde Maduro
Em resposta, o diretor-geral da DW, Peter Limbourg, afirmou que a retirada do sinal na Venezuela é um ataque à liberdade da população.
“Pedimos veemente ao governo venezuelano que restabeleça a distribuição do canal de TV da DW Español o mais rápido possível”, disse o diretor. “O cancelamento da distribuição da DW é um grave ataque à liberdade do povo venezuelano de se informar de forma independente.”
Limbourg afirmou que a declaração de Maduro é reflexo do governo ditatorial do chavista. “Praticamente não há liberdade de imprensa”, argumentou. “O fato de ele reagir com comparações absurdas a críticas baseadas em fatos é algo que combina com esse perfil.”
Em 2017, Maduro acusou a CNN em Espanhol de conspiração e cortou o sinal da empresa. Durante a ditadura chavista, mais de 200 jornais, emissoras de rádios e TVs foram fechados.
Gabriel de Souza é estagiário da Revista em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro
Fonte: revistaoeste