O presidente de Israel, Isaac Herzog, recebeu representantes da comunidade judaica brasileira, nesta terça-feira, 16, em Jerusalém. No encontro, ele ressaltou que o apoio às ações do país são fundamentais neste momento.
“Estamos lutando uma guerra que representa todos os valores do mundo livre”, afirmou Herzog, que é filho de Chaim Herzog (1918-1997), general das Forças Armadas e o sexto presidente de Israel.
A comitiva de brasileiros foi liderada pelo presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Claudio Lottenberg.
A reunião também foi marcada por declarações de Herzog, no cargo desde julho de 2021, em relação ao drama dos ataques de 7 de outubro, realizados pelos terroristas do Hamas.
Ele manifestou aos brasileiros a expectativa de que “a gente possa ver os nossos reféns de volta o quanto antes”.
No final da audiência, o presidente israelense gravou um vídeo dirigido aos brasileiros, no qual disse confiar também que os soldados israelenses “superem qualquer perigo” e que os “feridos sejam curados”.
O presidente também expressou “nossa gratidão, força, melhores votos e nosso amor à comunidade judaica brasileira”.
Neste momento, a comunidade judaica brasileira tem mostrado insatisfação com a postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação a Israel.
Lottenberg, diante disso, destacou que a Conib tem se mobilizado para ampliar o entendimento da sociedade brasileira sobre a dimensão do conflito.
“Esta não é uma luta entre o Hamas e Israel, muito menos entre os palestinos e Israel, mas sim entre os que defendem o Estado Democrático de Direito, a liberdade e o progresso contra o fundamentalismo e suas práticas terroristas”, disse.
Presidente da Conib defende dois Estados, mas sem o Hamas
Ele admitiu a importância da criação de um Estado Palestino que, no entanto, respeite o direito de existência plena de Israel, ao contrário do que prega o grupo terrorista Hamas.
“A solução no presente momento passa pela criação de dois Estados que se respeitem mutuamente, onde a segurança de Israel seja garantida, e isso com o Hamas não é possível”.
O líder comunitário afirmou que, de maneira geral, os brasileiros ”sabem muito bem que Israel está, legitimamente, se defendendo de uma organização terrorista que é o Hamas, conhecem as ligações deste organismo com o eixo do mal e suas fontes de financiamento”.
Ele ressaltou que os últimos acontecimentos trouxeram traumas a toda a região. E afirmou que os representantes brasileiros se solidarizam com o sofrimento decorrente desta guerra.
“Somos solidários à dor das pessoas que estão traumatizadas em Israel e em Gaza”, afirmou o .
“A reparação e a educação são vetores fundamentais para acelerar o processo de paz. Acreditamos que a prosperidade inclusiva da região é que irá ajudar na transformação da realidade. Não há outro caminho.”
Fonte: revistaoeste