De acordo com o presidente da Petrobras, , o Brasil deve se juntar à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) em janeiro. De acordo com ele, apesar da adesão, o país não participará da redução na oferta de petróleo que o grupo faz.
As informações são da entrevista de Prates à agência de notícias Reuters. Nesta quinta-feira, 30, o grupo anunciou que aceitaram convidar o Brasil à organização.
Apesar disso, o convite levantou questões na mesma hora sobre se o país participaria dos limites de produção que o grupo faz. Recentemente, os membros da OPEP+ anunciaram que a organização fará uma redução na oferta de barris de petróleo a partir de 2024, que cairá para 2 milhões de barris por dia (bpd).
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“Não há cota”, disse Prates. “Nunca faríamos parte de uma organização que impõe cotas (de produção) ao Brasil, a Petrobras é uma empresa de capital aberto e não podemos ter cotas.”
Em contraste, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silva, disse, também nesta quinta-feira, que o Brasil estaria ansioso para se juntar ao grupo internacional. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que recebeu o convite, mas informou que ainda não respondeu formalmente.
O Brasil é o maior produtor de petróleo da América do Sul, produzindo cerca de 4,6 milhões de barris por dia.
Nesta semana, Prates, Silveira e Lula viajaram ao Oriente Médio. O trio — além de outras autoridades brasileiras — está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para participar da 28ª edição da .
Prates diz que Brasil não terá direito de voto na Opep+
Em outubro, Prates recebeu o secretário-geral da Opep+, Haitham Al Ghais. Na ocasião, informou-se que a organização também inclui países sem direitos de voto.
De acordo com Prates, não são impostas cotas de produção para esses países, o que, de acordo com ele, seria o caso do Brasil.
“O Brasil começaria a participar das reuniões como uma espécie de membro observador, o que eu acho muito bom”, afirmou Prates.
Fonte: revistaoeste