Em meio a uma crise de segurança na cidade de Rosario, na província de Santa Fé, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou na terça-feira, 7, que irá elevar para 1.400 o número de agentes federais que se somarão ao Exército em tarefas não policiais na região.
A função da instituição vai ser a “urbanização dos bairros populares” da cidade, acelerando a execução de trabalhos necessários na região, e engenheiros do Exército também são esperados para trabalhar nos assentamentos informais da cidade. Por lei, desde o fim da ditadura, o Exército é proibido de participar de atividades de controle da ordem interna.
“A luta contra o crime organizado, apesar dos esforços desenvolvidos, não tem alcançado os resultados que esperávamos”, admitiu Fernández. “Entendo que Rosario precisa de nós. Sei que as suas forças de segurança são insuficientes para enfrentar a solução do problema”.
O presidente ainda não esclareceu as tarefas concretas dos militares mobilizados, mas disse que a presença do Exército vai ser feita “da mesma forma exemplar como atuaram na pandemia e nos incêndios”.
O anúncio de Fernández foi feito um dia depois do velório de um menino de 12 anos assassinado por traficantes em uma periferia de Rosario. Máximo Jerez morreu com um tiro no peito no último domingo, 5, depois que um grupo de narcotraficantes disparar contra ele e seus primos, também menores de idade. Após o velório, familiares e vizinhos de Máximo saquearam uma casa e tentaram linchar um suspeito de ser o assassino.
O caso de Máximo mostrou para todo o país o abandono das periferias, onde moradores lutam para viver com a falta de serviços básicos e a presença do crime organizado.
Um recente ataque armado contra um supermercado da família da mulher do jogador de futebol Lionel Messi também chamou atenção na mídia para o abandono da região.
Fonte: Veja