Nesta segunda-feira, 14, mais de 200 manifestantes anti-Israel foram presos durante um protesto em frente à Bolsa de Valores de Nova York. Eles exigem que os cessem o apoio a Israel na Faixa de Gaza, conforme informações das autoridades locais.
De acordo com a emissora CNN Brasil, os manifestantes, muitos ligados ao grupo Voz Judaica pela Paz, entoavam frases como “deixem Gaza viver” e “parem de financiar genocídio”. Embora não tenham invadido a Bolsa de Valores, alguns ultrapassaram as barreiras policiais no exterior do edifício na região de Wall Street, em Manhattan.
A polícia confirmou 206 detenções, mas não detalhou as circunstâncias. Grupos judaicos estimaram a presença de 500 manifestantes no ato. O protesto também mirou fabricantes de armas e o setor de defesa dos EUA.
Alguns manifestantes protestavam contra as ações de Israel no Líbano, onde o país realiza ofensivas contra o grupo terrorista Hezbollah, apoiado pelo Irã. Israel nega as acusações de genocídio e informou que suas operações em Gaza focam combatentes do grupo terrorista hamas.
O conflito no Oriente Médio intensificou-se depois de um ataque com mísseis do Irã a Israel em 1º de outubro. A ação marcou uma nova fase na região. Israel conta com o apoio dos EUA, enquanto o Eixo da Resistência recebe suporte financeiro e militar do Irã.
Israel enfrenta sete frentes de guerra
Atualmente, existem sete frentes de conflito: Irã; Hamas, na Faixa de Gaza; Hezbollah, no Líbano; governo sírio e milícias; Houthi, no Iêmen; grupos xiitas, no Iraque; e organizações terroristas na Cisjordânia.
Israel mantém tropas no Líbano, na Cisjordânia e em Gaza, onde realiza bombardeios aéreos em outras áreas. Em 30 de setembro, o Exército israelense iniciou uma operação terrestre limitada no Líbano, depois da morte do líder do Hezbollah, em um ataque aéreo.
Israel afirma ter eliminado a maioria da liderança do Hezbollah em ofensivas recentes. Em 23 de setembro, o Líbano viveu seu dia mais mortal desde 2006, com mais de 500 mortos. Dois adolescentes brasileiros foram vítimas dos ataques.
Com a escalada dos conflitos, o Itamaraty anunciou a repatriação de cidadãos brasileiros no Líbano. Na Cisjordânia, Israel busca desmantelar grupos que se opõem à ocupação.
Em Gaza, Israel tenta eliminar o Hamas, responsável por um ataque em 7 de outubro de 2022, que deixou mais de 1,2 mil israelenses mortos. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, permanece escondido em túneis em Gaza, onde dezenas de israelenses sequestrados pelo grupo estariam cativos.
Fonte: revistaoeste