Centenas de novos desenhos foram encontrados dentro e no entorno da antiga Linhas de Nazca, no Peru. A região é conhecida por intrigar cientistas por seus misteriosos geoglifos na areia, feitos por volta do século 1 d.C., porém descobertos apenas no século 20. Com as mais recentes descobertas, os pesquisadores podem trazer novas informações sobre as obras de arte pré-colombianas.
Após dois anos de pesquisas de campo com fotos aéreas e drones, pesquisadores da Universidade de Yamagata relataram no início de dezembro a descoberta de 168 novos desenhos na região que em 1994 tornou-se Patrimônio Mundial da UNESCO na costa sul do Pacífico do Peru.
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Os geoglifos são enormes figuras esculpidas no deserto sul-americano que representam humanos, gatos, cobras, lhamas, pássaros e outros animais nativos. As imagens só podem ser vistas de cima – e apesar dos avanços das descobertas, o motivo para que elas sejam só sejam visíveis com câmeras aéreas ainda é um mistério para a comunidade científica.
No entanto, os novos desenhos são menores do que anteriores, e podem ser vistas do solo, afirmou o professor da Universidade de Yamagata, Masato Sakai, à agência de notícias Reuters. As novas figuras têm, em média, entre dois e seis metros de comprimento.
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Desde 2004, cerca de 190 desenhos foram descobertos no local. A vastidão do terreno, contudo, dificulta os esforços para estudar e conservar o patrimônio.
A fim de melhorar a preservação das linhas, a universidade responsável pelos estudos vai utilizar inteligência artificial para conseguir mais informações sobre como manter os desenhos intactos. Atualmente, os pesquisadores foram os maiores responsáveis por delinear e proteger a área, que é ameaçada pelo desenvolvimento urbano e econômico.
“Alguns geoglifos correm o risco de serem destruídos devido à recente expansão de oficinas relacionadas à mineração no parque arqueológico”, reiterou Sakai.
Fonte: Veja