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Pele artificial em 3D revoluciona reconstrução de tecidos lesionados

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Imagine criar uma pele artificial com impressão 3D para reconstruir partes do corpo com ferimentos e reparar os machucados sem cicatrizes. Essa tecnologia já existe e foi criada por cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia.

Mas como isso é possível? Os pesquisadores utilizam uma técnica chamada bioimpressão, que é feita a partir de estruturas da pele humana, mesclada com uma espécie de “biotinta”. O processo, apesar de completo, é muito revolucionário e tem animado profissionais da área.

Os pesquisadores acreditam que essa tecnologia pode ajudar a reconstruir tecidos de forma mais natural e proporcionar maior bem-estar aos pacientes que sofreram lesões que geram deformidades.

O resultado foi surpreendente

Nos primeiros testes, os cientistas utilizaram células de gordura e estruturas de suporte de tecido humano obtido clinicamente para corrigir com precisão lesões em ratos

Depois da bioimpressão das camadas da hipoderme e da derme, os cientistas perceberam que em duas semanas a epiderme se formou naturalmente para completar a cicatrização da ferida.

Eles ainda observaram o início do desenvolvimento do folículo capilar na hipoderme, o que sugere que as células-tronco podem impulsionar o crescimento do cabelo.

Patente concedida

As descobertas da equipe foram publicadas no dia 1º de março na revista Bioactive Materials. O Escritório de Marcas e Patentes dos EUA concedeu à equipe uma patente em fevereiro para a tecnologia de bioimpressão desenvolvida e usada neste estudo.

“A cirurgia reconstrutiva para corrigir traumas no rosto ou na cabeça causados ​​por lesões ou doenças geralmente é imperfeita, resultando em cicatrizes ou perda permanente de cabelo”, disse o professor Ibrahim T. Ozbolat, responsável por liderar a pesquisa.

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Expectativa dos cientistas

A nova técnica tem trazido muitas expectativas para os profissionais da saúde, principalmente os cirurgiões.

Apesar dos avanços na cirurgia plástica e reconstrutiva, reparar a perda total de pele nessas áreas com enxertos é um desafio. Ainda é comum ter cicatrizes, perda permanente de cabelo e falhas.

“Com este trabalho, demonstramos pele bioimpressa e de espessura total com potencial para fazer crescer pêlos em ratos. Isso é um passo mais próximo de sermos capazes de obter uma reconstrução de cabeça e rosto com aparência mais natural e esteticamente agradável em humanos”, explicou Ibrahim

Melhor estética

Além das cirurgias plásticas, eles acreditam que esta tecnologia poderia ser aplicada na dermatologia e em transplantes capilares, com resultados estéticos muito mais satisfatórios.

Com a capacidade de bioimpressão totalmente automatizada e materiais compatíveis para uso em clínicas, isso pode ter um impacto significativo na área da saúde.

O próximo passo é combinar a criação com a impressão 3D de ossos, que também foi desenvolvida pela equipe, e buscar uma forma de combinar a pigmentação em vários tons de pele.

Veja um dos testes feito em rato que mostra como a tecnologia funciona:

 

Fonte: sonoticiaboa

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