Em El Salvador, o presidente reeleito Naiyb Bukele obteve uma vitória esmagadora nas eleições municipais do país realizadas no domingo 3. O presidente de direita extremamente popular elegeu aliados em 43 dos 44 municípios salvadorenhos.
No país, a esquerda fala em uma “reorganização total” para conter Bukele. O principal partido de esquerda de El Salvador, a Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN) não conseguiu eleger prefeito algum.
O presidente reeleito também controla o congresso do país, com 54 das 60 cadeiras parlamentares — ele venceu as , com mais de 80% dos votos. Manuel Flores, candidato da FMLN, obteve apenas 6,5%, e ficou de fora do Parlamento de El Salvador.
“Depois destes resultados, deve haver um novo começo, uma reorganização total de nosso projeto político, olhando para o futuro. A renovação deve passar pelo estabelecimento de novas formas de trabalho, de organização e de como nos vincular com os outros setores”.
Óscar Ortiz, secretário-geral da FMNL, em entrevista coletiva.
Em junho de 2023, o Congresso de El Salvador havia reduzido os municípios de 262 para apenas 44, arranjo que beneficiou o partido de Bukele, o Novas Ideias. A sigla do presidente vai governar a maioria das 14 capitais do país, incluindo a capital San Salvador — onde o prefeito Mario Durán conseguiu ser reeleito.
Cruzada contra o crime em El Salvador eleva a aprovação de Bukele
As altas taxas de aprovação do presidente salvadorenho se dão por conta da cruzada contra o crime organizado empreendida pelo político. De acordo com a folha, no domingo Bukele disse que o “povo salvadorenho é sábio”, e que alguns dos prefeitos eleitos pertencem a partidos que sempre apoiaram “todas as mudanças” das quais o país necessitava. Isso mesmo antes de sua primeira vitória, em 2019.
No país da América Central, Bukele tem 90% das cadeiras no Congresso, o que lhe deu votos suficientes para aprovar com facilidade qualquer projeto de lei, definir juízes do Supremo Tribunal e o procurador-geral — e também manter o combate às gangues que assolavam o país.
Fonte: revistaoeste