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Paris proíbe aluguel de patinetes elétricos: saiba mais sobre a nova regulamentação na cidade luz

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Os resultados de um referendo em Paris, divulgados nesta segunda-feira, 3, para proibir o aluguel de patinetes elétricos mostraram um recado retumbante: 90% das pessoas votaram a favor da proibição. Por isso, a partir de setembro deste ano, a capital da França vai banir o controverso meio de transporte.

Paris foi pioneira ao introduzir patinetes elétricos (também chamados de e-scooters, ou trottinettes), em 2018, parte de medidas da cidade para promover meios de transporte não poluentes. Mas, com o aumento da popularidade dos veículos, especialmente entre os jovens, também cresceu o perigo: em 2022, três pessoas morreram e 459 ficaram feridas em com patinetes elétricos em Paris.

No que foi anunciado como uma “consulta pública”, os eleitores foram questionados: “A favor ou contra patinetes de aluguel?”

A proibição conquistou entre 85,77% e 91,77% dos votos nos 20 distritos de Paris que publicaram os resultados, de acordo com o site da cidade. A votação não foi vinculativa, mas as autoridades prometeram acatar ao resultado.

A prefeita socialista de Paris, Anne Hidalgo, promove o e o compartilhamento de bicicletas, mas apoiou a proibição de patinetes elétricos.

Em entrevista à agência de notícias AFP na passada, Hidalgo disse que esse meio de transporte é “fonte de tensão e preocupação” para os parisienses e que uma proibição “reduziria o incômodo” em espaços públicos.

Paris tem quase 15.000 patinetes elétricos nas ruas, operadas por empresas como Lime, Dott e Tier. Críticos argumentam que os usuários desrespeitam as regras de trânsito, principalmente a proibição de andar nas çadas. Os veículos também são frequentemente estacionados ao acaso ou jogados no rio Sena.

Em junho de 2021, uma italiana de 31 anos foi morta após ser atropelada por um patinete elétrico com dois passageiros.

O ministro dos transportes francês, Clement Beaune, disse à rádio Europe 1 na semana passada que esperava que a votação resultasse em uma proibição, acrescentando que “a consulta importante será observada por muitas outras cidades na França e no exterior”.

“Acho uma pena que tenhamos caricaturado e emburrecido o debate”, disse ele, argumentando que as e-scooters são uma solução de transporte valiosa que substituiu até uma em cada cinco viagens em Paris que antes seriam feitas usando veículos emissores de poluição. Enquanto isso, os operadores de e-scooters temem que uma proibição encoraje outras cidades a seguir o exemplo.

“Paris está indo contra a corrente”, disse à AFP Hadi Karam, gerente para a França da Lime, com sede na Califórnia.

Fonte: Veja

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