O papa Francisco aplaudiu Isabel Cristina, nova beata brasileira que foi vítima de feminicídio em 1982. Neste domingo, 11, durante seu tradicional discurso dominical na Praça de são pedro no Vaticano, em Roma, o religioso relembrou a história da mineira, morta aos 20 anos por um homem que tentara estuprá-la. “Ontem, em Barbacena, foi beatificada Isabel Cristina Campos. Esta jovem mulher foi morta aos 20 anos de idade, em ódio à fé, por ter defendido sua dignidade como mulher e o valor da castidade. Que seu exemplo heroico inspire especialmente os jovens a darem testemunho generoso de sua fé e de sua adesão ao Evangelho. Um aplauso à nova beata!”, pediu o pontífice. A cerimônia da beatificação havia sido presidida no Brasil pelo cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida.
O perfil oficial do Vaticano no Instagram também enalteceu os valores cristãos de Isabel Cristina: “Nascida na cidade de Barbacena em 29 de junho de 1962, ela cresceu na vivência da fé. Em 1º de setembro de 1982, aos 20 anos, foi brutalmente assassinada em Juiz de Fora (MG), onde morava para preparar-se para o vestibular de medicina. O seu agressor tentou violentá-la sexualmente e não obtendo êxito, deferiu-lhe 15 facadas. Devido à forma como morreu, mas sobretudo como viveu, em 26 de janeiro de 2001 foi instaurado o tribunal para a causa de beatificação da jovem Isabel Cristina. Em 1º de setembro de 2009, o processo foi encerrado em âmbito arquidiocesano, quando também aconteceu a exumação dos seus restos mortais e a trasladação deles para o Santuário Nossa Senhora da Piedade, em sua cidade natal”.
Em 27 de outubro de 2020, o papa Francisco autorizou a publicação do decreto reconhecendo o martírio de Isabel Cristina, possibilitando que ela fosse proclamada beata.
Giro VEJA – quarta, 4 de janeiro
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Fonte: Veja
