Sophia @princesinhamt
Mundo

Os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados, diz pesquisa

2024 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Cientistas do Copernicus Climate Change Service, instituto de pesquisa sobre clima da União Europeia, revelaram nesta terça-feira, 10, que 2022 foi o quinto ano mais quente já registrado, seguindo a tendência de aquecimento global. Isso fez com que os últimos oito anos se tornassem os mais quentes da série histórica do instituto.

A partir de 2014, o Copernicus Climate Change Service registrou as temperaturas mais altas de seu levantamento. O ano de 2016 continua sendo o mais quente de todos os tempos.

No geral, o mundo está agora 1,2ºC mais quente do que na segunda metade do século 19, ou o início do período industrial, quando as emissões de dióxido de carbono que aquecem o planeta pela queima de combustíveis fósseis se espalharam.

As temperaturas extremas na Europa, que teve seu verão mais quente da história, também levaram o ano passado a ser um dos mais quentes, apesar da persistência do fenômeno La Niña pelo terceiro ano consecutivo.

+ O que explica a nova onda de calor e o que deve ser feito contra a crise

La Niña é um padrão climático marcado por temperaturas da superfície do mar mais frias do que o normal no Oceano Pacífico equatorial, que tendem a reduzir as temperaturas globais.

Pesquisas separadas mostraram que as ondas de calor na Europa estão aumentando em frequência e intensidade em um ritmo mais rápido do que em qualquer outro lugar, alimentadas pelo aquecimento, mas também, provavelmente, por mudanças na circulação atmosférica e oceânica.

“O ano de 2022 foi cheio de extremos climáticos na Europa e no mundo. Esses eventos destacam que já estamos enfrentando as consequências devastadoras do aquecimento global”, disse a vice-diretora do Copernicus Climate Change Service, Samantha Burgess.

“Temos evidências claras de que evitar as piores consequências exigirá que a sociedade reduza urgentemente as emissões de carbono e adapte-se rapidamente às mudanças climáticas”, completou.

+ Onda de calor na Europa deixou mais de 20 mil mortos neste ano, diz estudo

A pesquisa do instituto, contudo, revelou que a emissão de gases do efeito de estufa continuou a aumentar em 2022. As concentrações de dióxido de carbono aumentaram aproximadamente 2,1 ppm (partes por milhão), enquanto o metano aumentou cerca de cerca de 12 ppb (partes por bilhão). Isso resultou em uma média anual de aproximadamente 417 ppm para dióxido de carbono e 1894 ppb para metano. Para ambos os gases, esta é a maior concentração já registrada.

Os efeitos de um ano tão quente também foram sentidos em outras partes do mundo. China Oriental e Central, Paquistão e Índia passaram por ondas de calor longas e extremas em 2022, e inundações de monções no Paquistão devastaram cerca de um terço do país. O calor e a seca que o acompanha também contribuíram para extensos incêndios florestais no oeste dos Estados Unidos.

Fonte: Veja

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.