Sophia @princesinhamt
Mundo

ONU aprova Japão a liberar água contaminada de Fukushima no oceano de maneira segura

2024 word3
Grupo do Whatsapp Cuiabá

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão regulador nuclear das Nações Unidas, aprovou nesta , 4, o plano do Japão para despejar no mar a água radioativa tratada da usina de Fukushima, destruída por um tsunami em 2011. Ainda há, contudo, forte oposição da China e de parte da população japonesa.

Após uma revisão de dois anos, a AEIA informou que os planos do são consistentes com os padrões globais de segurança e que teriam um “impacto radiológico insignificante para as pessoas e o meio ambiente”.

Rafael Grossi, chefe da AIEA, disse a repórteres no Japan National Press Club, onde foi recebido por um pequeno grupo de manifestantes, que tentaria acalmar as preocupações persistentes dos habitantes. Além disso, funcionários da AIEA devem monitorar a liberação da água na usina de Fukushima – processo que deve durar de 30 a 40 anos no total.

+ Por medo de água de Fukushima, sul-coreanos estocam sal e alimentos

O governo do Japão afirma que o processo é seguro, pois a água usada para resfriar os reatores da usina de Fukushima – suficiente para encher 500 piscinas olímpicas – foi tratada. A maioria dos elementos radioativos, exceto o trítio, um isótopo de hidrogênio que é difícil de separar da água, foram removidos. A água tratada será diluída para que os níveis de trítio fiquem abaixo do limite antes de ser liberada no Pacífico.

Tóquio não especificou quando vai iniciar a operação e depende da aprovação do órgão de regulação nuclear nacional da Tokyo Electric Power (Tepco), que pode chegar ainda esta semana.

+ Cidade de Fukushima permite que moradores retornem 11 anos após desastre

Sindicatos de pescadores há muito se opõem ao plano, dizendo que ele prejudicaria a reputação do Japão. Vários países proibiram a importação de alguns produtos alimentícios japoneses após o desastre de 2011. Uma petição contra o projeto reuniu mais de 250 mil assinaturas desde que a proposta foi feita pela primeira vez.

Alguns países vizinhos também reclamaram sobre a ameaça ao ambiente marinho e à saúde ública, com a China como o maior crítico. Pequim alegou nesta terça-feira que o argumento do Japão sobre os níveis de trítio na água tratada era um “conceito completamente confuso e opinião enganosa”.

+ Japão se prepara para liberar água contaminada de Fukushima no mar

“O Japão continuará a fornecer explicações ao povo japonês e à comunidade internacional de maneira sincera, baseada em evidências científicas e com alto nível de transparência”, disse o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, ao se encontrar com Grossi.

Grossi visitará a usina de Fukushima nesta -feira, 5. Depois, seguirá para a Coreia do Sul, onde a população passou a estocar sal marinho e outros itens antes da liberação da água. Ele também deve visitar a Nova Zelândia e as Ilhas Cook, para tentar aliviar as preocupações sobre o plano.

Fonte: Veja

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.