O governo da Noruega anunciou nesta segunda-feira, 31, que irá colocar os seus militares em um nível de alerta elevado para reforçar a capacidade de uma força de mobilização rápida em resposta à guerra na Ucrânia.
De acordo com o chefe da Defesa da Noruega, Eirik Kristoffersen, o país também tentará colocar em operação regular a sua nova frota de aeronaves de patrulha marítima, fabricada nos Estados Unidos, em um ritmo mais rápido do que o planejado inicialmente.
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Em fala à agência Reuters, Kristoffersen disse que não houve uma ameaça concreta que levou à medida, mas a soma de incertezas estava levando as autoridades a aumentar a preparação militar do país. A escala de alerta em que os militares operam, no entanto, é confidencial e o governo se recusou a entrar em detalhes.
“Vimos uma escalada na guerra na Ucrânia e nós estamos treinando forças ucranianas. O conflito mudou com a mobilização russa. Ao mesmo tempo, tivemos as explosões dos gasodutos Nordstream 1 e 2 e atividades de drones no Mar do Norte”, disse ele em entrevista, acrescentando que o novo nível deve durar pouco mais de um ano.
A Noruega mobilizou seus militares pela primeira vez para proteger plataformas offshore e instalações terrestres após vazamentos nos gasodutos, em 26 de setembro, em águas suecas e dinamarquesas e recebeu apoio de forças britânicas, holandesas, francesas e alemãs.
Além disso, o serviço de inteligência do país já prendeu sete cidadãos russos nas últimas semanas sob suspeita de espionagem. O caso mais recente é de um provável espião da Rússia que se disfarçou de pesquisador brasileiro para estudar o sistema de defesas norueguês.
A Noruega, que é membro da Otan, compartilha uma fronteira de cerca de 200 quilômetros com a Rússia no Ártico, além de uma vasta divisão marinha. A nação nórdica também se tornou a maior exportadora de gás natural para a União Europeia, respondendo a cerca de um quarto do total após a queda do fluxo russo.
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“A continuação da guerra e as tentativas da Rússia de enfraquecer o apoio internacional à Ucrânia significam que todos os países da Europa devem considerar que estão expostos a ameaças híbridas. Incluindo a Noruega”, disse o primeiro-ministro, Jonas Garh Stoere.
Na prática, a mudança do nível de alerta significa que as tropas passarão menos tempo treinando e mais tempo realizando operações internacionais e a Guarda Nacional, força de mobilização rápida, terá um papel mais ativo.
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Fonte: Veja