O primeiro-ministro de Israel, , reivindicou crédito pela queda do regime do ditador da Síria, Bashar al-Assad. Netanyahu classificou como “dia histórico” este domingo, 8, . Assad estava no poder havia 24 anos.
Em um vídeo divulgado no seu perfil do Twitter/X, Netanyahu descreveu o governo de Assad como um “elo central no eixo do mal do Irã”.
“O colapso do regime de Assad, a tirania em Damasco, oferece uma grande oportunidade, mas também é repleto de perigos significativos”, escreveu Netanyahu. “Enviamos uma mão de paz a todos aqueles que estão além de nossa fronteira na Síria: aos drusos, aos curdos, aos cristãos e aos muçulmanos que querem viver em paz com Israel.”
Netanyahu destacou que essa mudança é um “resultado direto dos esforços que realizamos contra o Irã e o Hezbollah, que eram os principais sustentadores do regime de Assad”.
Ele explicou que essa ação desencadeou uma série de reações em todo o Oriente Médio, envolvendo grupos que buscavam libertação do regime opressor.
Medidas de segurança na fronteira
O primeiro-ministro também alertou sobre os perigos decorrentes da fuga de Assad e detalhou as medidas imediatas adotadas para assegurar a fronteira entre Israel e Síria.
Ele ressaltou que a zona-tampão, criada pelo Acordo de Separação de Forças de 1974, colapsou depois de quase 50 anos de controle, com a retirada das forças sírias de suas posições.
Quem é Bashar al-Assad, ditador deposto da Síria
Bashar al-Assad representa a segunda geração de uma dinastia familiar que manteve o poder por mais de cinco décadas no país.
Assad é conhecido por seu regime brutal na Síria. Desde 2011, o país foi devastado por uma guerra civil que desencadeou uma crise de refugiados que deslocou milhões de pessoas de suas casas.
A guerra começou depois que o regime de Assad se recusou a atender às demandas pró-democracia durante a Primavera Árabe naquele ano. Em vez disso, o governo optou por uma repressão violenta ao movimento, com milhares de manifestantes mortos e presos logo nos primeiros meses.
Desde então, as forças de Assad foram acusadas de violações dos direitos humanos ao longo dos 13 anos de guerra, como o uso de armas químicas contra sua própria população. No começo da guerra, Estados Unidos, Jordânia, Turquia e União Europeia exigiram que Assad deixasse o poder.
No entanto, o regime, fortemente sancionado pelo Ocidente e isolado internacionalmente, se manteve graças ao apoio de aliados poderosos, como Rússia e Irã, além de uma campanha implacável contra a oposição.
Fonte: revistaoeste