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Museu Dinamarquês decide devolver manto tupinambá do século 17 ao Brasil, fortalecendo laços históricos

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Em nota conjunta, os ministérios das Relações Exteriores, da Cultura, da Educação e dos Povos Indígenas anunciaram nesta quarta-feira, 28, a doação de um manto tupinambá que remota ao século XVII, por parte do Museu da Dinamarca. Um dos onze exemplares ainda disponíveis, o artefato indígena, que era utilizado em rituais religiosos e ocasiões formais, vai ser entregue ao Museu Nacional do Rio de Janeiro.

“O governo brasileiro felicita e agradece o governo dinamarquês e o Museu Nacional da Dinamarca pela aprovação da doação, que tem grande valor físico, cultural e espiritual para os povos originários brasileiros e, especialmente, para os Tupinambá, e contribuirá para o resgate da história e da cultura dos povos indígenas nacionais”, afirmam as pastas em nota à imprensa.

O retorno da peça tupinambá teria como finalidade, ainda, a reconstrução do acervo do Museu Nacional, devastado por um incêndio em 2018. Segundo as equipes da instituição, cerca de 90% das suas relíquias foram destruídas pelo fogo, provocado por um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado.

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Os registros indicam que o manto está em Copenhague, capital holandesa, desde 1689, e integra uma amostra etnográfica da instituição.

Com 1,2 metro de altura e 60 cm de largura, o traje é composto por penas vermelhas das aves guará. Apesar de alegar não ter conhecimento sobre como o artefato teria chegado ao país, o museu dinamarquês disse que a doação representa uma “contribuição única e significativa” para o edifício histórico vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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“O retorno ao Brasil desse acervo cultural é representativo do atual momento de afirmação da riqueza, da importância e da diversidade cultural brasileira, tendo a cultura dos povos originários como base essencial desse patrimônio”, ressalta o texto do governo brasileiro.

Em comemoração aos 206 anos do Museu Nacional, o manto deve ser exposto a partir de 6 de junho de 2024. Entre as 11 peças semelhantes disponíveis, cinco estão sob controle da associação nacional de museus dinamarquesa.

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Fonte: Veja

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