Moscou e Minsk assinaram um acordo nesta quinta-feira, 25, sobre o posicionamento de armas nucleares táticas em Belarus, de acordo com os ministérios de Defesa de ambos os países.
Em reunião bilateral na capital bielorrussa, os ministros da Defesa da Rússia e de Belarus, Sergei Shoigu e Viktor Khrenin, respectivamente, assinaram documentos que definem o procedimento para a implantação de armas nucleares não-estratégicas russas em um estabelecimento especializado em Belarus, vizinha da Ucrânia.
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Shoigu disse que o lado bielorrusso recebeu o sistema de mísseis operacional-tático Iskander-M, capaz de usar mísseis não apenas em equipamentos convencionais, mas também em equipamentos nucleares.
“Parte da aeronave bielorrussa foi convertida para o possível uso de armas nucleares. Os militares passaram por treinamento adequado”, acrescentou Shoigu.
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“A República de Belarus está interessada no desenvolvimento de relações aliadas estratégicas com a Federação Russa na esfera militar”, disse Khrenin a Shoigu, conforme citado pela imprensa bielorrussa.
Armas nucleares táticas ou armas nucleares de uso tático são armas nucleares de pequeno poder explosivo, geralmente na faixa de 0,5 a 5 kilotons, destinadas a alvos específicos, como tropas, agrupamentos de blindados, bases militares, grupos de navios ou porta-aviões.
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Desde que o Kremlin invadiu a Ucrânia, em fevereiro do ano passado, Minsk tem sido uma de suas aliadas mais leais. Embora o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, tenha afirmado que não enviaria soldados para território ucraniano “de jeito nenhum” – a menos que fosse atacado –, seu país está disposto a fornecer outros meios de apoio a Moscou.
Lukashenko levantou a possibilidade de a Rússia colocar armas nucleares estratégicas em Belarus durante um discurso à nação em março, enquanto acusava, sem evidências, os países ocidentais de “se preparar para invadir” seu território e “destruí-lo”.
A líder da oposição bielorrussa, Sviatlana Tsikhanouskaya, disse na época que a decisão da Rússia de colocar armas nucleares táticas em seu vizinho “visa subjugar Belarus”.
Fonte: Veja