A informou nesta sexta-feira, 10, que dois mísseis de cruzeiro russos entraram no espaço aéreo da Moldávia e da , durante a mais recente onda de ataques aéreos do Kremlin a território ucraniano.
O general Valerii Zaluzhnyi, comandante-em-chefe das forças armadas da Ucrânia, disse que os foguetes Kalibr cruzaram a Moldávia às 10h18 (horário local), nesta sexta-feira. Eles, então, sobrevoaram a Romênia às 10h33, antes de cruzar novamente para o oeste da Ucrânia.
A Romênia é membro da desde 2004, o que significa que um ataque à nação equivale um ataque à aliança militar inteira. Mas não houve reação imediata de Bucareste à aparente violação de seu espaço aéreo por Moscou. A Rússia ainda não comentou.
Yuri Ignat, porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, disse que Kiev rastreou os foguetes e teve a oportunidade de derrubá-los sobre a Romênia e a Moldávia, mas não o fez.
“Os militares entenderam os riscos e ameaças à população de um estado estrangeiro, então eles não agiram imediatamente”, explicou Ignat.
O incidente aconteceu durante um grande ataque com mísseis e drones do Kremlin na manhã dsta sexta-feira. A Força Aérea ucraniana disse que “o inimigo atingiu cidades e instalações críticas de infraestrutura”.
A lançou sete drones “kamikaze” de fabricação iraniana do Mar de Azov e seis mísseis de cruzeiro Kalibr do Mar Negro. A Ucrânia disse que eliminou cinco drones e cinco mísseis Kalibr.
Na noite de quinta-feira 9, a Rússia também disparou até 35 mísseis guiados na região de Kharkiv, ao leste, e Zaporizhzhia, ao sul. Partes de Kharkiv e outras áreas ficaram sem energia elétrica.
Também houve ataques em Dnipro, Mykolaiv, Zaporizhzhia. Bombas podiam ser escutadas no leste de Donbas, nas cidades controladas pela Ucrânia de Kramatorsk e Sloviansk.
O ataque ocorreu horas após as viagens do presidente ucraniano, , a Londres, Paris e Bruxelas, onde fez discursos , e .
Na noite de quinta-feira, o governador da região de Luhansk disse que a Rússia havia lançado uma grande ofensiva no leste da Ucrânia e estava tentando romper as defesas perto da cidade de Kreminna.
Analistas militares estão céticos de que Moscou tenha unidades de infantaria suficientes para avançar rapidamente em território ucraniano. No entanto, algumas seções da fronteira entre Rússia e Ucrânia são desguardadas, com a maior parte das forças ucranianas localizadas na província oriental de Donetsk.
O Instituto Para o Estudo das Guerras confirmou um “aumento acentuado” nas operações na área na semana passada em seu último relatório. Ele disse que a Rússia obteve ganhos marginais ao longo da fronteira entre as províncias de Kharkiv e Luhansk, inclusive na vila de Dvorichne. A ofensiva provavelmente ainda não “atingiu seu ritmo total”, declarou.
Fonte: Veja