Horas depois de o porta-voz do Catar ter confirmado a trégua temporária entre Israel e o Hamas, em vigor nesta sexta-feira, 24, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que, ao encerrar a pausa “curta”, a campanha militar será “retomada com intensidade”. Ele acredita que o conflito seguirá por pelo menos dois meses.
A afirmação do comandante Gallant aconteceu durante conversa com a tropa da unidade de elite do comando Shayetet 13, da Marinha de Israel.
“O que você verá nos próximos dias é, primeiro, a libertação dos reféns. Este respiro será breve”, disse o ministro aos soldados. “O que é exigido de vocês durante esse respiro é se organizar, investigar, reabastecer armamentos e se preparar para continuar.”
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Gallant lembrou aos militares da necessidade de concluir o objetivo. “Haverá uma continuação, porque precisamos concluir a vitória e criar o ímpeto para os próximos grupos de reféns, que só voltarão como resultado da pressão.”
Além de ministro israelense, porta-voz das FDI fala em “terror psicológico” contra civis israelenses nos próximos dias de guerra
Na noite desta quinta-feira, 23, o porta-voz das (FDI), contra-almirante Daniel Hagari, endossou a fala de Gallant aos soldados. “Tomar o controle do norte de Gaza é a primeira etapa de uma guerra longa”, disse Hagari. “Estamos nos preparando para as próximas fases.”
Hagari alertou para o fato de que pode haver “desenvolvimentos inesperados” durante a pausa. As FDI acreditam que o grupo terrorista Hamas tentará usar “terror psicológico” contra os civis israelenses.
Outro comandante que engrossou o coro sobre a pausa temporária e a volta dos conflitos foi o chefe do Estado-Maior das FDI, tenente general Herzi Halevi. “Não estamos encerrando a guerra.”
A fala de Halevi aconteceu durante uma visita dele, na manhã desta sexta-feira, 24, às tropas terrestres em Gaza. “Estamos tentando conectar os objetivos da guerra”, explicou o militar. “Para que a pressão da operação terrestre traga a capacidade de também alcançar o (outro) objetivo desta guerra, que é de criar as condições para a libertação dos reféns sequestrados.”
Fonte: revistaoeste