O Ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Bem Gvir, fez uma declaração, nesta terça-feira, 21, alertando sobre “o erro” de um possível acordo, que estaria em andamento, entre o governo israelense e o grupo terrorista Hamas, para libertar os reféns.
“Estou muito preocupado, porque há fala de algum acordo”, disse o ministro. “Estamos sendo mantidos afastados (dos detalhes), e não estão nos dizendo a verdade.”
Gvir se referiu aos crescentes rumores que, desde o fim de semana, estão movimentando a imprensa israelense e as redes sociais sobre a proximidade de libertação dos sequestrados pelos terroristas durante os ataques de 7 de outubro.
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Sem revelar o nome do entrevistado, o canal de notícias Channel 12 divulgou que um alto-comando de Israel teria dito: “Estamos muito próximos de um acordo para a libertação de alguns reféns em Gaza”.
A fonte da emissora teria explicado que ainda existem questões “técnicas a serem resolvidas”. Segundo o canal de notícias, o oficial afirmou que o suposto acordo seria para libertar, pelo menos, 50 pessoas. Outras dezenas mais poderiam ser colocadas em liberdade em troca de prorrogação de um cessar-fogo.
Ainda segundo o oficial, espera-se que esses primeiros em entendimento com o Hamas, sejam as crianças.
Para Gvir, a possível negociação pode representar um erro estratégico. “Os rumores são de que Israel está novamente prestes a cometer um grande erro, semelhante ao acordo Shalit (de 2011)”, disse o ministro. “Um acordo que pode trazer desastre.”
Em sua crítica, Bem Gvir questiona não apenas a possível negociação para a libertação dos reféns, mas também a permissão dada pelas (FDI) para a entrada de combustíveis em Gaza.
O acordo Shalit e as implicações na segurança de Israel
O Shalit, mencionado pelo ministro da Segurança Nacional de Israel, foi a negociação entre o governo israelense e o grupo terrorista Hamas para a libertação de prisioneiros. O acerto foi concluído em 2011.
A ação recebeu esse nome em homenagem a Gilad Shalit, um dos soldados israelenses que esteve em poder dos terroristas desde 2006.
O acordo envolveu a libertação de mais de mil prisioneiros palestinos detidos em Israel, levando preocupação às implicações com a segurança a longo prazo.
Os temores não pareciam em vão. Pouco mais de duas décadas depois, Israel intensifica os esforços para encontrar um dos prisioneiros libertos no acordo Shalit, o terrorista Yahya Sinwar. Trata-se do atual chefe principal do Hamas e comandante dos ataques de 7 de outubro.
Mãe de reféns faz vigília pela libertação dos filhos
Hadas Calderon, mãe de uma criança e um adolescente mantidos reféns em Gaza pelos terroristas do Hamas, tem feito permanente vigília do lado de fora da sede das FDI, em Tel-Aviv.
Os filhos dela — Hadas Calderon Erez, de 12 anos, e Sahar, de 16 anos — foram sequestrados em Israel e levados para a Faixa de Gaza, junto com seu ex-marido, Ofer, durante os ataques terroristas de 7 de outubro.
“Não podemos perder esta chance para um acordo”, disse Hadas. “Faço um apelo a todas as mães para virem até a entrada da Kirya (nome da sede da base militar) e ficarem ao meu lado. Temos que trazê-los de volta.”
Israel cerca Jabaliya e intensifica combates
As FDI afirmaram, nesta terça-feira, 21, que sua 162ª Divisão concluiu o cerco ao norte de Jabaliya, em Gaza, e está pronta para intensificar os combates.
Segundo os militares israelenses, na cidade de Jabaliya foram para “preparar o terreno para a batalha”.
De acordo com as FDI, nas proximidades da cidade, foram atingidas três entradas de túneis com membros do Hamas dentro. As forças também encontraram e destruíram lançadores e foguetes dos terroristas.
Fonte: revistaoeste