O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou em uma coletiva de imprensa internacional nesta segunda-feira, 9, que o Hamas já não opera como uma força militar organizada depois de 11 meses de conflito no Oriente Médio. A guerra entre o Estado israelense e o grupo terrorista teve início no massacre de 7 outubro de 2023.
“O Hamas, como uma formação militar, não existe mais”, declarou o ministro. “O Hamas está envolvido em uma guerra de guerrilha, e ainda estamos lutando contra terroristas do grupo e procurando sua liderança”, afirmou.
Gallant fez referência a Yahya Sinwar, nomeado no mês passado o substituto de Ismail Haniyeh. Este foi neutralizado em julho, durante um ataque no Iraque.
Alvos de alto escalão do Hamas são eliminados por Israel
Na madrugada desta terça-feira, 10, o Exército de Israel confirmou um ataque na zona de Khan Younis, localizada no sul da Faixa de Gaza. Os militares descreveram a operação como uma ação conjunta com o serviço de inteligência interno, o Shin Bet.
As Forças de Defesa de Israel visaram, nessa investida, líderes terroristas do Hamas que operavam a partir de um centro de controle sob investigação.
Em um comunicado, autoridades israelenses informaram que três membros de alto escalão do Hamas foram eliminados no bombardeio.
Entre os terroristas estavam Samer Ismail Jadr Abu Daqqa, líder da unidade aérea do Hamas; Osama Tabesh, chefe do Departamento de Observação e Alvejamento do quartel-general da Inteligência do Hamas; e Ayman Mabhouh, do alto escalão da organização islâmica.
De acordo com os militares envolvidos na operação, todos os alvos participaram dos ataques de 7 de outubro. Há 11 meses, terroristas palestinos de Gaza, sob a liderança do Hamas, mataram 1,2 mil israelenses. Também sequestraram 251, dos quais 97 ainda permanecem em Gaza e 30 já foram mortos.
Negação do Hamas e uso de escudos humanos
O Hamas negou nesta terça-feira a presença de membros do seu grupo na zona humanitária de Khan Younis. Contudo, a estratégia de utilizar civis como escudos humanos tem sido observada em Gaza desde o início do conflito, com esconderijos que funcionam em escolas e até em quartos de crianças.
Fonte: revistaoeste