O presidente da Argentina, Javier Milei, viajou para Davos, na Suíça, em voo comercial, ao contrário da maioria dos líderes mundiais que participam do Fórum Econômico Mundial.
Em uma postagem no Twitter/X, Milei disse que a viagem significou economia de recursos superior a US$ 300 mil. “De fato, a forma de viajar escolhida nos permitiu economizar cerca de US$ 392 mil. Esse dinheiro vem do esforço dos argentinos, e é nosso dever moral cuidar até nos mínimos detalhes”, escreveu, na rede social.
O porta-voz da Presidência Argentina, Manuel Adorni, confirmou a economia superior a US$ 300 mil, mas informou um valor um pouco menor — aproximadamente US$ 321 mil. Ele também disse que o presidente viajou com uma “pequena comitiva” justamente com o objetivo de reduzir custos ante a crise financeira sem precedentes no país.
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O vídeo de Milei no voo comercial, durante o qual deu declarações e tirou fotos com eleitores, foi compartilhado centenas de vezes.
O analista político Gustavo Segré destacou que “poucos presidentes conseguem tomar um avião de linha”.
Na Suíça, Milei disse a um jornalista que seu objetivo em Davos era “plantar ideias de liberdade num fórum que está contaminado pela Agenda Socialista 2030, que só trará miséria ao mundo”. Disse que na apresentação desta quarta-feira, 17, o eixo de seu discurso seria a “liberdade como chave para a prosperidade”.
Ida à Suíça é primeira viagem internacional de Milei
A viagem à Suíça é a primeira ao exterior de Milei desde que assumiu o cargo, em 10 de dezembro, e começou uma reforma geral das finanças da Argentina, país onde a pobreza cresceu significativamente nos últimos anos e onde a inflação está em quase 200%.
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A comitiva de Milei inclui a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino; o chefe de gabinete Nicolás Posse; o ministro da Economia, Luis Caputo; e sua irmã Karina Milei, que também é secretária-geral da Presidência.
Na Suíça, a delegação de Milei tem uma reunião marcada com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. Há uma semana a Argentina renegociou o acordo com o fundo, do qual emprestou US$ 44 bilhões.
Fonte: revistaoeste