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Milei reafirma intenção de encerrar as atividades do Banco Central da Argentina, defendendo medidas radicais para a economia do país.

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Nesta segunda-feira, 20, presidente eleito da Argentina, Javier Milei, afirmou que vai avançar com seu projeto de dolarizar a economia do país e fechar o Banco Central.

“Fechar o Banco Central é uma obrigação moral, e dolarizar a economia é uma maneira de nos livramos do Banco Central”, declarou Milei, em entrevista à rádio argentina .

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O presidente eleito propôs que a moeda adotada por seu governo “seja aquela escolhida pelos indivíduos”. Milei disse que vai levar entre 18 a 24 meses para conter a inflação da Argentina, que está na casa dos 140% anuais.

Projetos de Milei além do Banco Central

Na entrevista, Milei disse que, por enquanto, irá manter a taxa de câmbio e não levantará a limitação ao estoque de dólar de bancos do país, imposta pelo governo do atual presidente, Alberto Fernández, para controlar o saldo da moeda norte-americana.

“Antes de levantar a limitação ao estoque do dólar, é preciso resolver o problema da Leliq [a taxa básica de juros do país]”, explicou Milei. “Vamos tentar fazer isso o mais rápido possível, porque, se for assim, a sombra da hiperinflação estará aqui o tempo todo.”

Horas depois de ser eleito, Milei declarou que privatizará empresas públicas de comunicação na Argentina, como a Telám — a TV pública do país — e a Rádio Nacional. “Tudo que puder estar em mãos da iniciativa privada vai estar”, disse o presidente eleito, em entrevista à rádio Mitre.

Milei anunciou que irá viajar a e aos Estados Unidos, como o novo presidente da Argentina. O encontro ocorrerá antes de ele tomar a posse, em 10 de dezembro.

Quem é Javier Milei, o novo presidente da Argentina

O deputado Javier Milei, de 53 anos, elegeu-se presidente da Argentina no domingo 19. Ele superou o atual ministro da Economia e candidato do kirchnerismo à Casa Rosada, Sergio Massa.

O novo presidente da Argentina soube explorar a insatisfação dos hermanos com os políticos de carreira. A inflação no país, de três dígitos; a crise econômica aguda, sem indícios de melhora; e a pobreza de 40% da população, legados do governo de Alberto Fernández, impulsionaram a vitória do candidato outsider.

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Líder do partido Libertad Avanza, Milei apresenta-se como um representante do libertarianismo. Para o novo presidente da Argentina, o Estado deve abster-se das atividades que podem ser desempenhadas pela iniciativa privada. Ele defende a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a legalização das drogas e o armamento da população. Ao mesmo tempo, posiciona-se contrariamente ao aborto, à pena de morte, à ideologia de gênero, à sobrecarga de impostos e às cotas para as minorias.

Fonte: revistaoeste

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