Dando prosseguimento ao plano de redução do número de servidores públicos em seu governo, o presidente da Argentina, , anunciou, na terça-feira 19, o encerramento de outros dois órgãos públicos.
O Instituto de Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (Inafci) e o Conselho Nacional de Agricultura Familiar terão suas atividades encerradas, o que levará à demissão de 900 funcionários.
De acordo com o porta-voz do governo, Manuel Adorni, que anunciou os cortes em coletiva de imprensa na Casa Rosada, a medida trará uma redução de custos de 9 bilhões de pesos argentinos.
Segundo Adorni, o instituto e o conselho, que são ligados ao Ministério da Economia, vão se transformar em “uma organização com 64 funcionários”.
“A decisão veio depois de uma revisão de dados calamitosos e profundamente devastadores”, justificou o porta-voz.
Ele informou ainda que, para manter as estruturas, o Estado precisava de 964 funcionários, 160 delegações, duas sedes e 204 automóveis. Além disso, 85% do orçamento servia apenas para o pagamento de salários.
Fraude contra a administração pública
De acordo com o jornal Clarín, o presidente do Inafci era Miguel Gómez, um líder socialista ligado a Emilio Pérsico. Dirigente do Movimento Evita, este foi denunciado pelo governo por beneficiar cooperativas das quais fazia parte com mais de US$ 470 milhões dos cofres públicos.
A Justiça argentina o acusa de violação da Lei de Ética Pública, dos deveres de funcionário público, de fraude contra a administração pública e de abuso de autoridade, entre outros crimes.
Fonte: revistaoeste