O brasileiro Waldemar Pereira Rivas é suspeito de envolvimento no atentado ocorrido no sábado 9 contra juízas paraguaias. Conhecido pelo apelido “Cachorrão”, ele é associado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Com a mais recente suspeita, as autoridades paraguaias solicitaram à Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) a inserção de Rivas na lista de foragidos.
As juízas, identificadas como Mirna Carolina Ocampos Ramírez e Vivian Marina Quiñónez Vargas, são irmãs e tiveram a casa onde residem alvejada por mais de 50 disparos de armas de fogo. Elas vivem na cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil.
Essa não é a primeira acusação contra “Cachorrão”. Ele é suspeito de ser o mandante do assassinato do jornalista Léo Veras, em fevereiro de 2022. Apesar das suspeitas, o brasileiro foi inocentado pelo Tribunal de Sentença de Pedro Juan Caballero em novembro de 2022. Na ocasião, o Poder Judiciário do Paraguai alegou de que não havia provas suficientes para condená-lo pelo homicídio.
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A justiça paraguaia, contudo, anulou, em março deste ano, a absolvição de Rivas pela morte do jornalista. Recentemente, Mirna Ramírez participou de um tribunal que emitiu uma ordem internacional de captura contra “Cachorrão”.
De acordo com o comissário Javier Gimenez, que lidera as investigações, Rivas tem relação de proximidade com membros do PCC atualmente detidos na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero. No sábado 9, as autoridades ocuparam a unidade prisional e realizaram revistas em 28 celas ocupadas por integrantes da facção criminosa. As informações são do site Brasil Sem Medo.
Juízas do Paraguai alvo de “Cachorrão do PCC” estão sob proteção policial
As juízas Mirna e Vivian estão sob proteção policial, e outros três magistrados que faziam parte da comissão que emitiu a ordem de captura solicitaram medidas protetivas adicionais.
O tribunal determinou que Rivas fosse submetido a um novo julgamento e solicitou a inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol, a organização internacional de cooperação policial. Desde sua absolvição, o suspeito está foragido e é considerado altamente procurado pelas autoridades.
Fonte: revistaoeste