Uma médica britânica, Katherine Mielniczuk, de 25 anos, foi encontrada morta em sua casa, em Kiev, capital da Ucrânia, no último domingo, 24. Retratada como “heroína de guerra”, ela estava no país para ajudar voluntariamente na guerra contra a Rússia.
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De acordo com a organização ucraniana , a jovem foi encontrada na véspera de Natal por membros da 151ª Unidade das Forças de Operações Especiais, base em que ela participava. A causa da morte não foi identificada.
O Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido informou que recebeu a informação da morte da britânica, mas que não conseguiu confirmar a identidade dela. Além disso, comunicou que estava apoiando a família da falecida.
Além de médica, Katherine estudava química na Universidade de Bristol, no Reino Unido, mas há 18 meses trancou o curso e, desde então, vinha atuando em funções médicas e operacionais na Ucrânia.
“É meu dever ajudar”, disse médica em entrevista
Em um vídeo publicado em julho, ela conversa com um jornalista e diz que tinha trabalhado em medicina durante seis anos antes de ir para o país do leste europeu. Katherine também contou que tomou a decisão de ajudar depois de ver crianças vulneráveis sendo mortas na guerra.
“Se eu tiver pelo menos duas mãos, duas pernas e meio cérebro, é meu dever ajudar”, disse ela. “Ficarei enquanto não for seguro estar aqui ou até precisar de voltar para o meu irmão ou para a minha mãe. Sinto-me competente neste país.”
Ela servia como instrutora e médica de combate por meio do grupo humanitário SataySafeUA. A organização tinha o objetivo de oferecer serviços e assistência médica para civis e refugiados em zonas quentes da Ucrânia. Katherine também ajudava no Menace Medics, que fornece apoio a médicos da linha de frente do combate.
Campanha de arrecadação
A Project Konstantin criou uma campanha online de arrecadação de fundos para ajudar a família da média a ir para a Ucrânia e levar o corpo de volta para o Reino Unido.
“Estamos focando na dor que sua família está enfrentando e tentando apaziguar seu sofrimento”, publicou no Facebook. “Proporcionando-lhes a oportunidade de voar para a Ucrânia e queremos ajudar com os custos de repatriação.”
Os familiares de Katherine divulgou um comunicado sobre a tragédia. “É impossível transmitir verdadeiramente a mulher incrível que Katherine era ou quão profunda e amplamente ela era amada e fará falta”, informaram. “Ela se foi, mas o calor, o amor e a graça infinitos que ela trouxe ao mundo nunca serão perdidos.”
Fonte: revistaoeste